terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

SOBRE ATIVISMO, ANTROPOFAGIA E MATRIARCADO

Pesquisando para o encontro desta semana do Grupo de Estudos “Ativismo Delicado: casa, infâncias, mulheres em risco”, do qual participo, cheguei a uma reportagem, que me levou a um texto, que me levou a um vídeo, que me levou a outros vídeos, que me levaram a outros textos sobre o Movimento Antropofágico. E como conhecimento só tem sentido se a gente compartilha, partilho aqui algumas das minhas descobertas, para que eu possa voltar a elas e também para quem desejar andar pelas estradas por onde andei hoje. 
David Wilkerson Silva Almeida, em seu belíssimo artigo A utopia antropofágica e o pensamento brasileiro: o matriarcado como condição humana original e libertadora escreveu que “o Movimento Antropofágico da primeira metade do século XX representou uma ruptura fundamental no modo de produção artística brasileira, porém sua relevância estendeu-se para além da arte e colaborou, na figura de Oswald de Andrade, com o reposicionamento do fazer filosófico nacional. Inspirado no modo de vida local, [o movimento] mescla da contribuição indígena, africana e europeia”.
Depois de ler o artigo, encontrei “De Lá pra Cá”, um documentário riquíssimo sobre Oswald de Andrade, produzido pela TV Brasil. Segundo o documentário a antropofagia era uma prática de canibalização, de caráter ritual, realizada por alguns povos indígenas. Um canibal, no entanto, nunca come outro ser humano por nutrição, mas sim para incluir em si as qualidades do outro, daquele que devorou, o que nos faz melhor compreender a escolha para o nome do movimento.
Por fim, bebi na fonte, buscando o Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade. Depois de tantos achados, achei por bem compartilhá-los. Cá estão, para serem devorados!!  


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