sexta-feira, 9 de março de 2018

quinta-feira, 8 de março de 2018

SARAU DA JOSSARA BES: POESIA PARA ELAS

Hoje é Dia Internacional da Mulher, hoje foi dia de contos e poesias narrados e mediados pela minha querida amiga Jossara Bes, uma sensível "narradora de coisas e do cotiado", como ela própria se auto define. Foi lindo demais. Um Sarau num vagão de trem, um tempo para parar, respirar, pensar a partir da literatura, com uma escritora sensível, que teve a delicadeza de perfumar o vagão com chás fresquinhos, colhidos pouco antes do Sarau, que lhe remetiam às memórias de infância com sua avó rezadeira e nos remetia às suas histórias, às suas memórias. Depois do sarau a Jossara ainda nos presenteou com os chás. Levei comigo para partilhar as histórias sensíveis que a Genifer Gerhardt narra em seu livro "Tim Tim: um filho, uma mãe, dois nascimentos".   Estou de alma leve!! Gratitude Jossara por nos presentear com esse momento tão delicado, num mundo tão cheio de desamor, inclusive nas palavras!! 

 


PELO DIREITO DE ESCOLHER AS ARMAS QUE DESEJAMOS LUTAR (DIA INTERNACIONAL DA MULHER)


Eu sigo achando estranho esse lance de estar pela luta.
Luta
luta
luta
dia 8 de março
pela luta
luta
luta.
Sabe... acho estranho.
Porque nisso tudo parece que a luta assim, armada, assim do sangue no olho, assim da espada em punho, assim do corpo a corpo pegando agarrando derrubando combatendo
isso tudo
parece
ser mais importante
mais mais
que consciência e tal e coisa e coisa e tal.
Veja bem
isso tudo
é importante
mas não só é.
Não é só.
Eu não quero chegar para uma mulher que sofre agressão e dizer para ela agredir.
Eu não quero chegar para uma mulher que batalha batalha e tão pouco ganha e dizer pra ela que ela tem que derrubar tudo.
Eu só não acredito que seja por aí. Esse é só um caminho. Um modo de operar. De agir. De estar. Entre tantos. Possíveis. Igualmente fortes. E potentes.
Na luta um vence, sabe? Um uma alguém.
E a gente está aqui para vencer ou para saber dançar?
Masculino, feminino, esse lance todo. Todos os tudo’s e todas.
A gente está aqui para vencer uma “luta”
ou para harmonizar a dança?
Eu estou nessa fatia de gente que acha que o tapa é tanto quanto o afago.
Que o lançar à terra um corpo ou uma semente tem o mesmo peso.
Aí venho lendo luta
luta
luta
luta
luta
luta
luta
vixe.
É?
(Texto da incrível e sensível Genifer Gerhardt)

terça-feira, 6 de março de 2018

EMBAIXO DO PÉ DE CANELA

Em março celebra-se a poesia e a narração oral. Dia 14 de março celebra-se o aniversário de Castro Alves e com ele o Dia Nacional da Poesia. Dia 20 de março celebra-se mundialmente o Dia do Contador de Histórias, época em que inicia-se a primavera no hemisfério norte e os seres mágicos da floresta começam acordar. Meu amigo Josinei é poeta e eu contadora de histórias, por isso festejamos nossos fazeres e nossos prazeres junto com um grupo de crianças, embaixo de um pé de canela, em Vale Verde. 
Foi uma boniteza só contar histórias num tapete verde, à sombra de um pé de canela. Narrei e cantei pela primeira vez meu novo livro "A saia da Carolina" e fiquei emocionada de contar esse pedacinho da história dos meus antepassados. Nos divertimos também com um conto africano de adivinhação e nos emocionamos com a poesia do meu amigo Josinei. A manhã de hoje foi desses presentes que a vida dá e que precisamos saber ser gratos ao universo e aos deuses das palavras e dos encontros mágicos!! 
 
 
 
 
 
 

HOJE TEM PIQUENIQUE LITERÁRIO EM VALE VERDE