domingo, 20 de novembro de 2011

PORQUE OS SERES HUMANOS TEM NOMES

- Por favor, qual é o seu nome? – perguntou ao gato. – Olha, sou Coraline. Tá?
O gato bocejou lenta e cuidadosamente, revelando uma boca e uma língua de um rosa impressionante.
- Gatos não têm nomes – disse.
- Não? – perguntou Coraline.
- Não – respondeu o gato. – Agora, vocês pessoas tem nomes. Isso é porque vocês não sabem quem vocês são. Nós sabemos quem somos, portanto não precisamos de nomes.

(GAIMAN, Neil. Coraline. Rio de Janeiro, Ed. Rocco, 2003. p.41)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

ANTIGAS NOVIDADES

Em um mundo onde muitas crianças aprendem a digitar antes mesmo de aprender a escrever, o que elas achariam de objetos que foram grandes novidades ontem, mas já viraram peças de museu hoje?

domingo, 13 de novembro de 2011

I-MUNDO EM SANTA CRUZ DO SUL: A VISITA DE ABS E OBS!!

Amigos, compartilho a postagem dos meus queridos amigos Fernanda Beppler e Carlos Alexandre, do Grupo Mototóti, que estiveram neste domingo aqui em Santa Cruz apresentando os alienígenas Abs e Obs para os I-Mundandos aqui de Santa Cruz do Sul.

Encerrando a jornada da semana com chave de ouro, passamos o domingo em Santa Cruz do Sul onde apresentamos i-MUndo à tarde, na linda Praça da Bandeira. Tivemos na platéia muitas pessoas que foram para ver o espetáculo, e outras tantas que foram surpreendidas. Famílias com suas cadeiras de praia, ocupavam a praça, para onde, habitualmente, já se vai com seu chimarrão passar a tarde de domingo!
Adoramos esse encontro com a comunidade que sai de suas casas para desfrutar das praças e parques da sua cidade! Quando nós podemos compartilhar com o público esses momentos de arte nas ruas, nosso dia fica mais feliz! E hoje foi assim!
Acreditamos que o fomento a espetáculos de arte de rua neste local é um projeto importante a ser desenvolvido permanentemente em Santa Cruz, e por isso queremos agradecer ao nosso parceiro SESC Santa Cruz do Sul, que cumpre esse papel com êxito, e tem um olhar atento para a continuidade desse projeto. Muito obrigado às amigas Janine e Roberta por mais esta parceria e por nos oportunizar fazer parte da vida cultural de Santa Cruz!!
Um abração com muito carinho a outra amiga querida que tivemos a alegria de conhecer recentemente: Léla Mayer! Ela nos deu a honra de sua presença, levou seu filho "fotógrafo" e fez um barulho danado por lá, colaborando com a divulgação dessa apresentação. É uma felicidade te ter como amiga Léla! Esteja conosco sempre que puder, viu!
O último abraço vai para o pessoal do Grupo Teatral Cara e Coragem, que também nos alegrou com sua presença!!!!
Carlos e Fernanda

sábado, 12 de novembro de 2011

NÃO TENHA MEDO DE SOFRER DE ALEGRIA EXCESSIVA

Acabei a poucos instantes de assistir ao filme Patch Adams mais uma vez (e chorei mais uma vez!), com a maior certeza do mundo de que todas as minhas escolhas se complementam profundamente. 
Esta semana foi uma semana carregada de encontros, reencontros e emoções. No domingo eu estava em Porto Alegre, fazendo oficina de Contação de Histórias e vivendo momentos maravilhosos ao lado de amigos que amo muito. Na segunda pela manhã, estava em sala de aula desenvolvendo práticas que ensinam a reabilitação de pacientes neurológicos. À tarde, estava de jaleco, fazendo a supervisão de estágio na Clínica de Fisioterapia da Unisc. Isso sem contar os momentos com a família. Parece maluco (pra quem não me conhece, é claro!), mas não é. Nem maluco, nem esquizofrênico, nem antagônico. 
Na segunda à tarde reencontrei a Mariana (essa história está na postagem anterior), que me abraçou muito e dois dias depois, voltando à FisioUnisc e me enchendo de abraços de novo, me disse que tinha muitas saudades das músicas que eu cantava pra ela. 
Naquele momento tive o maior reconhecimento que uma fisioterapeuta pode ter e pensei em todos os embates que travei ao longo desses 15 anos para ser a profissional que acreditava valer a pena ser. E VALEU!! A Mariana foi uma prova importantíssima de que, mesmo sempre cheia de dúvidas, segui o caminho certo. 
Hoje sou Fisioterapeuta, Educadora (daqui a pouco pedagoga) e Contadora de Histórias (tudo isso junto, ao mesmo tempo). 
Pensei nesse meu percurso enquanto revia Patch Adams e pensei que precisava fazer o registro. Principalmente porque esta semana aconteceram muitas outras coisas, como uma aluna que me perguntou se quando eu terminei a faculdade eu tinha certeza do que queria. 
Gente, eu vou fazer quarentinha daqui uns dias e agora eu começo a pensar que sei o que quero. E tenho certeza de que não quero uma coisa só. Nada de linearidades!!
Para os meus alunos da Fisioterapia me resta dizer: Não tenham medo de sofrer de "alegria excessiva", porque ela não se opõe ao conhecimento científico. O que se opõe ao aprendizado das ciências que lidam com o humano é o descaso e a indiferença. O amor e a alegria só complementa, só amplia os profissionais que podemos ser.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

CARINHO NÃO TEM PREÇO!!

Tem coisas na vida da gente que não tem preço, mesmo...
Essa aí na foto comigo é a Mariana. A Mariana, que hoje está uma mocinha, foi minha paciente na APAE a muuuitos anos atrás, quando ela ainda era bem pequena. Hoje eu reencontrei ela e me emocionei muito. A Mariana me deu muitos abraços e entre um e outro me disse assim: "Sabe que eu morro de saudades das músicas que tu cantavaS pra mim?!".
Fiquei muito emocionada e como não poderia deixar de ser, chorei!! Poucas coisas são tão boas na vida como saber que fazemos diferença na vida de alguém.
Ah!! A Mariana me contou também que ainda tem uma tartaruguinha de brinquedo que eu dei pra ela. Dá pra acreditar?!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

DIA DE FINADOS

Para mim o dia de Finados sempre foi muuuito divertido. As memórias que tenho deste dia, durante toda a minha infância, são as melhores. Tudo por causa dos meus avós. Meu avô paterno eu só conheci por fotos e pelas histórias hilárias e apaixonadas da minha vó Maria.
Por causa do vô Dantet, todo dia dois de novembro começava divertido e colorido. Eu adorava ir com a minha avó ao cemitério da cidade “visitar” o vô Dantet. Não me lembro de um dia nublado, sempre era ensolarado, com vento e muito florido. Como eu achava lindo aquele lugar tão colorido, tão cheio de cores e pasmem... Tão cheio de vida!! É isso mesmo, cheio de vida, porque no Dia de Finados tinha muito mais gente viva do que gente morta lá no Cemitério de General Câmara.
Naquela época ainda precisávamos atravessar o Rio Jacuí de balsa para ir à São Jerônimo, Charqueadas, Porto Alegre ou qualquer outro lugar do planeta. Por isso, muitos moradores de General Câmara, depois que cresciam, iam morar do outro do rio, mas sempre voltavam para “passear” no Dia de Finados. Dá pra imaginar a alegria dos reencontros lá no cemitério?! Era uma felicidade só, abraços daqui, beijos dali, novidades pra todos os lados. E as crianças logo se entrosavam e brincavam a manhã todinha. Imagine brincar de esconde-esconde num cemitério?! Maravilhoso, o que não faltava era cantinho pra se esconder.
Depois de me esbaldar brincando no Cemitério eu ia para a casa do Vô Benito, meu avô materno. Acontece que dia dois de novembro também era o aniversário do Vô Benito e por isso mesmo, DIA DE FESTA!!
O Vô Benito e a Vó Iza (Horizontina de nascimento) moravam num sítio e no dia do aniversário do Vô (que pra sorte da família caia num feriado) todo mundo se reunia, pai, mãe, irmãs, tios, tias, primos, vô, vó e outros achegados. Maravilha(!), já tinha brincado a manhã e depois de tanta diversão eu ainda ia para o sítio do meu avô comer churrasco. A tarde, mais brincadeiras, torta, doces. Dá pra não amar o Dia de Finados?!
Hoje, além do vô Dantet, o vô Benito e a vó Maria também já não estão fisicamente tão pertinho para festejar esta data. Mas, por causa deles, para mim este vai sempre ser um dia festivo, em que eu prefiro celebrar a vida, através das lembranças dos momentos vividos, do que as perdas.
Não sei ao certo se a foto ali em cima foi tirada num Dia de Finados, mas posso garantir que era um dia feliz, lá no sítio do meu avô, com meu primeiro cachorrinho, o Tobby.