sábado, 30 de junho de 2018

ALMA LEVE E CORAÇÃO TRANQUILO (DIAS DE TEMPESTADE)


Lá se vão três semanas de internação hospitalar. Essa semana voltamos para a UTI já na segunda-feira. As ondas desse tsunami cerebral aumentaram, o quadro convulsivo do nosso pequeno Arthur tornou-se mais intenso e as crises mais extensas. Voltamos para a UTI sabendo da necessidade de uso de medicação contínua, da sedação como caminho, da ventilação mecânica como possibilidade. Há que se ter calma, alma leve e coração tranquilo, porque uma nova rotina, fora da velha rotina cotidiana, se faz necessária. Já passamos por internações longas, mas faziam 5 anos que não voltávamos para uma Unidade de Terapia Intensiva. Toda vez que uma internação se faz necessária, em função do quadro convulsivo, um filme longo passa por nossas cabeças, resgatando de imediato medos, insegurança e impotência. Mas a vida segue e nós seguimos com ela.


*Essa que sou, mãe, professora, fisioterapeuta, contadora de histórias, escritora, dançante (não exatamente nessa ordem), estou com meu filho mais novo, Arthur, hospitalizado. Esse é o relato desses dias de tempestade, que escolho fazer da forma mais amorosa e serena que puder.
  

sábado, 23 de junho de 2018

OFF PARA ESTAR ON (DIAS DE TEMPESTADE)


 
Lá se vão duas semanas que estou off das redes sociais, do blog e até dos e-mails. Um afastamento necessário para que possa estar on junto aos meninos, especialmente junto ao Arthur e ao João. Um turbilhão de sentimentos, de partilhas cotidianas, de reencontrar amigos, de reafirmar afetos, de aprender e reaprender, de descobrir o quanto as pessoas são capazes de ser solidárias, de aprender a aceitar as limitações pessoais e a ajuda alheia. Escrever é o meu modo de organizar o pensamento e os afetos, aos poucos vou escrevendo, vou partilhando. Gratitude por cada boa vibração, por cada gesto amoroso, pelo esforço enorme que muitos tem feito para ajudar a aquietar os abalos sísmicos do nosso menino vulcãozinho. Sigamos, sempre e amorosamente!!


*Essa que sou, mãe, professora, fisioterapeuta, contadora de histórias, escritora, dançante (não exatamente nessa ordem), estou com meu filho mais novo, Arthur, hospitalizado. Esse é o relato desses dias de tempestade, que escolho fazer da forma mais amorosa e serena que puder.
  

sábado, 16 de junho de 2018

TENTANDO ACALMAR O TSUNAMI (DIAS DE TEMPESTADE)


Hoje estamos no sétimo dia de internação hospitalar de nosso filho mais novo, Arthur. Final de semana na UTI, outros cinco dias na ala pediátrica, eu e meu marido assumindo novas rotinas. Arthur sendo cuidado em turnos intercalados entre pai e mãe. Eu e o Cláudio contando com o apoio e o carinho dos familiares, amigos, colegas, parceiros de trabalho, alunos, estagiários. Todos a estender as mãos, perguntando a melhor forma de ajudar. Dizendo: - Deixa que eu faço, fica com teu filho!! Isso não tem preço, essas mãos estendidas, essas cabeças que pensam por nós, enquanto a nossa rotina vai se tornando outra. Seguimos, tentando acalmar o tsunami de ondas cerebrais bagunçadas de nosso pequeno Arthur, enquanto administramos a vida profissional e familiar.


*Essa que sou, mãe, professora, fisioterapeuta, contadora de histórias, escritora, dançante (não exatamente nessa ordem), estou com meu filho mais novo, Arthur, hospitalizado. Esse é o relato desses dias de tempestade, que escolho fazer da forma mais amorosa e serena que puder.