Hoje à tarde contei
histórias na Semana Literária da Escola Estadual Vera Cruz!! Desafio dos bons.
Lá estavam 250 crianças e adolescentes no saguão da escola para ouvir e
participar das histórias. Fui desafiada e desafiei, provoquei com contos do
Eduardo Galeano e da Rosane Pamplona, histórias cumulativas (cantadas e
contadas) e circulares e poesia!! Maravilha!!
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
O HOMEM LÚCIDO
O HOMEM LÚCIDO
O Homem Lúcido sabe
que a vida é uma carga tamanha de acontecimentos e emoções
que ele nunca se entusiasma com ela
Assim como ele nunca tem memórias
O Homem Lúcido sabe
que o viver e o morrer são o mesmo em matéria de valor
posto que que a vida contém tantos sofrimentos
que a sua cessação não pode ser considerada um Mal
O Homem Lúcido sabe
que ele é o equilibrista na corda bamba da existência
Ele sabe que por opção ou por acidente
é possível cair no abismo a qualquer momento
interrompendo a sessão do circo
Pode tembém o Homem Lúcido optar pela vida
Aí então ele esgotará todas as suas possibilidadades
Ele passeará pelo seu campo aberto
pelas suas vielas floridas
Ele saberá ver a beleza em tudo!
Ele terá amantes, amigos, ideais
urdirá planos e os realizará
Resistirá aos infortúnios
e até mesmo às doenças
E se atingido por um desses emissários
saberá suportá-lo
com coragem e com mansidão
E morrerá, o Homem Lúcido, de causas naturais
e em idade avançada
cercado pelos seus filhos
e pelos seus netos
que seguirão a sua magnífica aventura.
Pairará então sobre a memória do Homem Lúcido
uma aura de bondade
Dir-se a:
-Aquele amou muito. Aquele fez muito bem as pessoas!
A Justa Lei Máxima da Natureza obriga
que a quantidade de acontecimentos maus na vida de um homem se iguale sempre à quantidade acontecimentos favoráveis
O Homem Lúcido porém
esse que optou pela vida
com o consentimento dos deuses
tem o poder magno de alterar essa lei
Na sua vida, os acontecimentos favoráveis serão sempre maioria...
Porque essa é uma cortesia que a Natureza faz com os Homens Lúcidos
*O texto é uma livre tradução, parte de um Tratado sobre a lucidez, que teria sido escrito no séc. VI a.C, na Caldéia – parte sul e mais fértil da Mesopotamia, entre os rios Eufrates e Tigre
Extraído de: http://repensante.blogspot.com.br/2006/02/o-homem-lcido.html
que a vida é uma carga tamanha de acontecimentos e emoções
que ele nunca se entusiasma com ela
Assim como ele nunca tem memórias
O Homem Lúcido sabe
que o viver e o morrer são o mesmo em matéria de valor
posto que que a vida contém tantos sofrimentos
que a sua cessação não pode ser considerada um Mal
O Homem Lúcido sabe
que ele é o equilibrista na corda bamba da existência
Ele sabe que por opção ou por acidente
é possível cair no abismo a qualquer momento
interrompendo a sessão do circo
Pode tembém o Homem Lúcido optar pela vida
Aí então ele esgotará todas as suas possibilidadades
Ele passeará pelo seu campo aberto
pelas suas vielas floridas
Ele saberá ver a beleza em tudo!
Ele terá amantes, amigos, ideais
urdirá planos e os realizará
Resistirá aos infortúnios
e até mesmo às doenças
E se atingido por um desses emissários
saberá suportá-lo
com coragem e com mansidão
E morrerá, o Homem Lúcido, de causas naturais
e em idade avançada
cercado pelos seus filhos
e pelos seus netos
que seguirão a sua magnífica aventura.
Pairará então sobre a memória do Homem Lúcido
uma aura de bondade
Dir-se a:
-Aquele amou muito. Aquele fez muito bem as pessoas!
A Justa Lei Máxima da Natureza obriga
que a quantidade de acontecimentos maus na vida de um homem se iguale sempre à quantidade acontecimentos favoráveis
O Homem Lúcido porém
esse que optou pela vida
com o consentimento dos deuses
tem o poder magno de alterar essa lei
Na sua vida, os acontecimentos favoráveis serão sempre maioria...
Porque essa é uma cortesia que a Natureza faz com os Homens Lúcidos
*O texto é uma livre tradução, parte de um Tratado sobre a lucidez, que teria sido escrito no séc. VI a.C, na Caldéia – parte sul e mais fértil da Mesopotamia, entre os rios Eufrates e Tigre
Extraído de: http://repensante.blogspot.com.br/2006/02/o-homem-lcido.html
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O HOMEM LÚCIDO; DOMINGO DE OLIVEIRA
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
BAILEI NA CURVA E OUTRAS HISTÓRIAS
Trinta anos atrás eu era uma pirralhinha
cheia de sonhos, que morava numa quase ilha (já que a ponte sobre o rio Jacuí
só foi uma realidade muitos anos depois). Aquela menina aproveitou tudo o que
tinha direito quando era pequena, mas também foi influenciada pelos amigos mais
velhos e por causa deles foi se apaixonando pelo que era produzido
culturalmente aqui no Rio Grande do Sul. Como eu tinha apenas 12 anos (quase
12), morava “longe” de Porto Alegre (é impressionante como uma ponte pode mudar
os conceitos de longe e perto) e meus pais não tinham uma condição financeira
que favorecesse a realização de certos sonhos naquele momento, quase toda cena cultural
do estado eu vi crescer e aparecer pela tela da TV, através de diferentes programas,
mas em especial por um programa chamado “Pra começo de conversa”, produzido pela
TVE. Naquele período surgiu na cena cultural de Porto Alegre uma peça de teatro
que não revolucionou apenas a cena, revolucionou a vida de uma geração (e
depois de outra e de outra e de outra). A peça se chamava “Bailei na Curva”. Eu
não pude ver, era pequena, morava no interior, não era viável naquele momento.
Mas quando algo é muito desejado, pode virar realidade. Anos depois a trupe que
montou o espetáculo pela primeira vez, se reuniu para celebrar os 10 anos da
peça. Eu esperei 10 anos da minha vida, dos 12 aos 22, para concretizar o sonho
de ver o “Bailei”. Poderia ter desistido, mas sonhos são para ser sonhados, não
é mesmo?!! Assim, no aniversário de 10 anos eu pude vê-los em cena. A emoção
daquele momento é indizível, não é possível descrevê-la em palavras porque, de
fato, era a realização de um sonho ímpar. Depois vi outras montagens e em todas
me emocionei profundamente cena a cena e me destroço quando ouço “Horizontes”.
O Bailei, e muito do que essa trupe produziu, foi determinante na formação da
pessoa que sou. As realizações daquelas pessoas foram (e continuam a ser) fundamentais
(acho que essa é a palavra certa) para a minha vida. Tenho uma dívida de
gratidão, por terem me feito acreditar nos sonhos. Nunca vou poder pagar essa
dívida, mas vou amá-los para sempre!!! Lá se vão trinta anos e hoje estreia uma
nova montagem para celebrar o aniversário da peça. Maior emoção, mesmo que de
longe, como da primeira vez. Vou sempre estar na torcida por esses “musos” que
me inspiram sempre e continuam a me fazer acreditar nos sonhos. obrigada por ampliarem meus
sentidos, por me inspirarem, por me fazerem sempre retomar os sonhos!! Uma
gratidão sem fim pelo que são!!
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