sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

LÉLA E ANDERSEN EM PORTUGAL

Dois mil e nove foi um ano de muitas histórias e muitas contações. Um ano surpreendente, de descobertas, de encontros e de encantamentos, que já indicava este novo caminho literário em minha vida desde o início, sem que eu percebesse. Nos primeiros dias de fevereiro de 2009 eu estava em Portugal, na região do Algarve, numa cidade chamada Faro, para participar de um Congresso na Universidade do Alagarve. Lá eu fui visitar a Vila Adentro, o centro histórico da cidade de Faro. Uma gracinha, cheia de cantinhos que me faziam viajar no tempo. No Centro Histórico de Vila Adentro fica o Museu Municipal de Faro, no prédio do antigo Convento de Nossa Senhora de Assunção da Ordem de Santa Clara. O Museu é uma gracinha, super bem organizado. Nele encontramos muitas histórias que nos fazem compreender as conquistas, ocupações e histórias daquela região, desde antepassados muito antigos. No Museu Municipal de Faro encontra-se, além das artes, muita arqueologia. Uma delícia!!Mas porque esta visita ao Museu Municipal de Faro já sinalizava para onde iria minha vida no resto do ano?! Acontece que lá no Museu aconteceu em 2009, entre 24 de janeiro à 7 de março, a Exposição Hans Christian Andersen, uma exposição que unia literatura, artes visuais, dança, animação criativa e teatro. "Hans Christian Andersen viveu uma relação com Portugal revelada no seu livro Uma viagem a Portugal em 1866", diz o material de divulgação da exposição. Assim, para celebrar a obra de Andersen, 19 artistas plásticos portugueses desejaram, com alegria, participar da homenagem com ilustrações e quadros. A eles uniram-se um historiador, um filólogo-andersenista-tradutor, um narrador, uma ceramista, uma joalheira, um gravador e escultor, artesãos, pessoas da música, das letras, do teatro e o autor e designer, Niels Fischer.
Na exposição era possível ver, além de pinturas, esculturas (como esta da foto acima, que remete ao conto "A menina dos fósforos"), escritos, vídeos e tantas outras formas de arte, os trabalhos produzidos por crianças e jovens de escolas e instituições da região.
Meu querido amigo, contador e encantador Paulo Bocca, sempre diz em suas oficinas: "leiam os clássicos". Por causa dele acabei nestas férias adquirindo alguns clássicos da literatura infanil, entre eles os contos de Andersen. Ao ler "A menina dos fósforos", além de me emocionar, lembrei daquela exposição divertida, colorida, instigante e fascinante, que há um ano já me dizia... Menina, este será um ano de muitas histórias!!
Penso que o aviso não era só de Andersen, mas de Perrault, dos irmãos Grimm e de outros tantos autores contemporâneos, que na verdade me diziam: Menina, sua vida ainda tem muitas histórias para serem contadas!! Que assim seja...