quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

E ASSIM NASCEU A #MúsicaBoaTodoDia

A ideia da #MúsicaBoaTodoDia nasceu com a intenção de compartilhar meus bons afetos musicais. Cansada de fazer crítica e dar espaço para aquilo que não me agrada, resolvi abrir espaço na minha página no Facebook (https://www.facebook.com/lelaludens/) para o que me agrada. Cada um tem o direito de gostar das sonoridades que mais lhe agradam ao paladar auditivo, mas às vezes (quase sempre) o que circula na grande mídia, especialmente nas rádios e TVs abertas, é de uma qualidade musical, estética e poética que me incomoda. É polêmico falar dessa temática. Atualmente quase tudo vira polêmica nas mídias sociais, mas não gostar do que grande parte das rádios, canais de TV ou refrigerantes mostram como o melhor é quase perigoso. Sempre defendi o direito de que múltiplas possibilidades sonoras, estéticas e culturais sejam oferecidas a nossos brasileirinhos. Não se pode gostar do que não se conhece, por isso, não compartilho mais vídeos de artistas que não aprecio, nem para fazer crítica, escolho compartilhar aqueles que escuto e gosto. Compartilhar por compartilhar, para semear, para celebrar o que se faz de bem, o que se faz de bom. Não sei até quando terei braço para apresentar uma música por dia, espero que ainda por um bom tempo. Esses primeiros 15 dias de #MúsicaBoaTodoDia eu escolhi trazer quase todos os dias músicas de artistas brasileiros contemporâneos, ou interpretadas por eles, com exceção de "O bêbado e a equilibrista" que se fez necessária na voz da Elis Regina, para fazer pensar esses tempos obscuros que vivemos. Busquei cada dia um artista diferente, de estilos diferentes, idades diferentes, passeando pela incrível diversidade que temos. Espero que quem acompanhou até aqui tenha gostado das minhas escolhas. Quem já anda comigo a mais tempo com certeza já ouviu algumas dessas canções, porque não sou de estar buscando o que os outros não ouvem (nem tenho tempo para isso), mas o youtube me ajuda a encontrar sonoridades que me agradam e como eu gosto dessa aventura, o resultado desses muitos anos de escuta estão nessa lista miscelânea amorosa. As primeiras 15 #MúsicaBoaTodoDia foram, por ordem: 
01) Pra você dar o nome – interpretada pelo grupo 5 a seco (17/01/2018)
02) O vencedor – interpretada pelo grupo vocal Ordinarius (18/01/2018)
03) Passarinhos – interpretada por Emicida e Vanessa da Mata (19/01/2018)
04) Oração – interpretada pel’A Banda Mais Bonita da Cidade (20/01/2018)
05) Cartão Postal – interpretada pela banda Apanhador Só (21/01/2018)
06) Maior – interpretada por Dani Black e Milton Nascimento (22/01/2018)
07) Gentileza – interpretada por Marisa Monte (23/01/2018)
08) O Bêbado e a Equilibrista – interpretada por Elis Regina (24/01/2017)
09) Podres Poderes – interpretada por Maria Gadu (25/01/2018)
10) Era uma vez – interpretada por Rafa Gomes (26/01/2017)
11) Triste, louca ou má – interpretada por Francisco el Hombre (27/01/2017)
12) Camarada D’água – interpretada pel’O Teatro Mágico (28/01/2018)
13) Par – interpretada por Bruna Caram e Chico Cesar (29/01/2018)
14)   Dia a Dia, Lado a Lado – interpretada por Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci (30/01/2018)
15) Felicidade – interpretada por Marcelo Jeneci (31/01/2018) 
Na próxima semana apresentarei músicas contemporâneas que chegarão lá outro lado do oceano. 

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

DIREITO INALIENÁVEL DO LEITOR Nº 8

Exerço muitos dos "Direitos Inalienáveis do Leitor". Na verdade, exerço todos eles. Mas penso que o direito que mais pratico é o de número 8, o "direito de saltar de livro em livro". Costumo terminar quase todos os livros que começo, mas leio muitos ao mesmo tempo, hábito que herdei da minha avó paterna. Atualmente estou relendo um e lendo outros dois (na verdade tem mais alguns ;). Sendo assim, são três os livros que leio mais intensamente nesse momento, "Tim Tim, um filho, uma mãe, dois nascimentos", da Genifer Gerhardt; "Tomo conta do mundo: conficções de uma Psicanalista", da Diana Corso e "A menina que decorava túmulos", do José Alberto Wenzel. Olhando assim podem parecer livros completamente distintos entre si, mas em mim eles se encontram em muitos aspectos. São três escritores que eu admiro cada vez mais, a cada linha. Três gaúchos (a Diana na verdade nasceu no Uruguai, mas mora no Brasil desde guriazinha), pessoas incríveis, gentis e habilidosas com as palavras. Escrevem em prosa poética, mesmo quando não intencionam. Uma lindeza!
Mas onde se encontram essas histórias, que são muitas em três? Dia desses li em uma das conficções da Diana Corso que "a voz materna não fala ao vento, sempre está a dizer do mundo e do seu amor a seu bebê". Bem, o nascimento da Genifer mãe fala o tempo todo sobre esse amor, que também é repleto de dúvidas, de cansaço, de olheiras. Uma leitura delicada, tão necessária quanto transformadora. No que se aproximam d'a menina que decorava túmulos(?), você deve estar pensando. Creio que se Vera e Violeta tivessem tido mães presentes e amorosas como Genifer é com seu Tim Tim, seriam outras. Mas se outras fossem, com menos dores, não comporiam a linda história que José Alberto nos traz, fazendo-nos olhar para a morte também com delicadeza e sensibilidade. Gosto de exercer o 8º direito inalienável do leitor, não vou abrir mão dele só por convenção, prefiro ler assim, entrelaçando histórias e afetos!!

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

MAIS UMA VEZ VOU BAILAR NA MESMA CURVA

Quando eu era adolescente meu primeiro grande desejo de assistir a uma peça de teatro foi "Bailei na Curva". General Câmara tem a mesma distância de Porto Alegre que tinha em 1984, com a diferença de que hoje tem uma ponte que passa sobre o Rio Jacuí. Naquela época era preciso atravessar de balsa. A aventura era bem maior e os recursos bem menores. Em 1984 eu acompanhava o universo cultural de Porto Alegre pela TVERS, que permitiu que aquela adolescente alimentasse muitos sonhos e desejos. Cresci e tive a sorte de 10 anos depois, já trabalhando e estudando em Novo Hamburgo, ver a primeira trupe se reunir para celebrar os 10 anos da peça. Realizei um sonho alimentado por 10 anos!! Nem sei se hoje os jovens são capazes de alimentar um sonho por tanto tempo. Os anos passaram e hoje o João, meu filho mais velho, está com a idade que eu tinha em 1984. Amanhã vou leva-lo para assistir ao Bailei na Curva, que está na programação do Porto Verão Alegre. Dá pra imaginar o tamanho da minha alegria e da minha emoção?!! Todas as experiências, quando permitimos, nos são transformadoras. Com certeza, depois de sexta-feira à noite eu serei outra pessoa!!
 

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

ALEGRIAS E CONTENTAMENTOS - MATEUS E MARLETE

Sabe aquela alegria que faz o coração da gente transbordar de contentamento?! Alguns dias atrás a queridona Marlete Fritzen me enviou uma mensagem com essa foto. O Mateus, filho dela e meu parceirão de ensinamentos na Universidade, estava fazendo um trabalho para a escola a partir do meu conto "Gosto de Infância". Tão bom ver as palavras da gente voando livres por aí!!

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

FALTA DE EMPATIA E OTRAS COSITAS MÁS

Empatia é a capacidade psicológica de sentir o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela.
Penso ser impossível colocar-se verdadeiramente no lugar de uma pessoa com deficiência. Por mais que você passe pela experiência de não enxergar, vendando os olhos; de não escutar, cobrindo os ouvidos; de não andar, deslocando-se numa cadeira de rodas ou não levantando-se da cama, esta será uma experiência temporária, diferente da condição permanente vivenciada pelas pessoas com deficiência.
Ainda assim, é possível ter empatia, é possível imaginar a condição do outro, ser solidário e respeitoso. Toda vez que chego no mercado, ou em outro lugar qualquer, e me deparo com essa cena, fico muito chateada. Chateada como fisioterapeuta, como educadora, como mãe de uma criança com deficiência, como cidadã. 
Não bastasse eu ficar chateada com a cena, enquanto tirava a foto, acredite, um rapaz jovem e saudável, aguardou eu terminar o registro para colocar seu carrinho de mercado junto aos demais, que já ocupavam a vaga de pessoa com deficiência. 
Dá uma tristezinha no coração de conviver todos os dias com pessoas que não se esforçam nenhum pouco para ter um mínimo de empatia e mesmo assim se dizem cidadãos de bem. 

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

QUANDO A BATERIA DO CARRO ACABA PODEMOS REGARREGAR A NOSSA

Hoje o carro parou. Culpa minha, que deixei uma luzinha acesa que consumiu toda a bateria. Precisei chamar o mecânico para me ajudar e também andar sem rodas, com um pé na frente do outro. Por sorte havia sol e uma brisa preciosa. Por sorte eu estava aberta ao sensível e no caminho de volta para casa eu descobri uma goiabeira com uma goiaba ao alcance das minhas mãos, um campo florido, lindos arbustos e uma fonte, coisas que eu não teria visto, menos ainda saboreado, se estivesse motorizada. Acho que em 2018 vou dar mais chances de conexão entre meus pés e meus sentidos!! 
 

domingo, 7 de janeiro de 2018

OS SÁBIOS SABERES DA VOVÓ

Hoje li para o meu filho Arthur o livro "Saberes da vovó", da sensível Célia Gomes. Comecei a leitura com a intenção de ler a história aos poucos, mas depois que comecei não consegui parar de ler. Quanta delicadeza!! Fui fisgada logo na primeira página, tomada pela sensibilidade de Célia, que também é contadora de histórias e escolheu narrar sua história a partir desse lugar e das memórias afetivas que fazem dela a grande contadora de histórias que é. Adoro histórias onde ficção e realidade se misturam, embora sempre me questiono se é possível separá-las verdadeiramente. Penso que nossas memórias, como tão bem narrava Manoel de Barros, são sempre memórias inventadas. A história de Célia, com xilogravuras lindas do Xande Mattos, é recheada de ditos populares e também de conselhos que muitos de nós ouvimos de nossas mães e avós, mas nem sempre acolhemos com os ouvidos sensíveis com os quais Célia foi capaz de ouvir. "Saberes da vovó" é todo poesia e folclore e o final é um convite ao qual decidi acolher. Um livro que resgata elementos do folclore brasileiro, valoriza a sabedoria popular e também a cultura familiar, questões fundamentais para que possamos nos conhecer melhor, nos sabermos e sermos melhores. Uma boniteza só!!  

sábado, 6 de janeiro de 2018

DIA DE REIS DO LADO DE LÁ DO OCEANO

Na Galícia, assim como em toda a Espanha, no dia 06 de janeiro é celebrado o Dia de Reis. Neste dia as crianças acordam cedinho para abrir os presentes trazidos pelos Reis Magos. As crianças espanholas escrevem cartas aos Reis do Oriente para pedir presentes, assim como fazem as crianças brasileiras para pedir seus presentes ao Papai Noel.
Na Espanha também diz-se que os Reis só trarão presentes para as crianças que foram bem comportadas durante o ano, para as crianças que fizeram muitas traquinagens os Reis trarão apenas um pedaço de carvão.
A noite de Reis, no entanto, é celebrada no dia 05. É na madrugada do dia 05 para o dia 06 que Baltazar, Belchior e Gaspar deverão deixar os presentes. Na tarde de 05 de janeiro acontecem os tradicionais desfiles, chamados de Cabalgatas de los Reyes Magos. Nestas paradas desfilam carros alegóricos com pessoas fantasiadas que jogam balas para as crianças.
No Dia de Reis é tradição as famílias tomarem chocolate quente e comerem o famoso Róscon de Reis, que é um pão doce em formato de rosca, coberto por frutas cristalizadas. As padarias costumam ter filas pela manhã para a compra dos tradicionais roscões.
O dia 06 de janeiro é feriado nacional na Espanha e é comum que neste dia as famílias desmontem suas árvores de Natal. Enquanto isso as crianças as crianças aproveitam o dia para brincar com seus brinquedos novos e presentes trazidos pelos Reis. Aqui no Brasil não celebramos os Dia de Reis, ele não tem o mesmo significado para nós que tem na Espanha. Algumas poucas cidades ainda preservam os ternos de reis, que é uma expressão folclórica da cultura popular. Eu, particularmente, me delicio assistindo os festejos dos dias 5 e 6 através do site da Televisión de Galicia, porque acho muito bacana toda essa simbologia.
A ciência já comprovou que os Reis Magos não eram reis, nem eram três, mas isso não é relevante, porque a lenda é linda e também porque precisamos de boas histórias para nos alimentar e encantar. 

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

AJUDA PESSOAL E INTRANSFERÍVEL


Você acredita em fórmulas prontas para ser feliz e alcançar o sucesso?! Particularmente, penso que não há receita de bolo perfeita para quase nada nessa vida, nem mesmo para fazer bolo. Ainda que houvesse, para quem entende minimamente de culinária, sabe que há pessoas que fazem bolos maravilhosos sem receita alguma e outras que, apesar de uma receita detalhada e produtos de qualidade, deixam o bolo embatumar.