tag:blogger.com,1999:blog-27262756531258709692024-02-19T06:59:18.342-08:00Lelaludens BlogspotLelaludensLéla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.comBlogger756125tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-67563494581837800932022-03-06T11:02:00.002-08:002022-03-06T11:02:38.952-08:00NÃO SOU MAIS BEBÊ! (DICA DE LEITURA) <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi7XP-4Dx1d2VlTj_j6E8lBCXH6HFzTm73cWdjJE2DVCQehSYAibLGVa78s0mhz43z7CeME-K1MiLzQRUabcbCo6wMbvZzQoZI5XGZo2mJjfchejBcMrbzmidp73wHSkUZkafVP88yDdmKxoBnIAdU15zqGsJOI8U_-ebwl4Ojf13meakeZiFpArmsP=s611" imageanchor="1" style="background-color: #b6d7a8; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="611" data-original-width="400" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi7XP-4Dx1d2VlTj_j6E8lBCXH6HFzTm73cWdjJE2DVCQehSYAibLGVa78s0mhz43z7CeME-K1MiLzQRUabcbCo6wMbvZzQoZI5XGZo2mJjfchejBcMrbzmidp73wHSkUZkafVP88yDdmKxoBnIAdU15zqGsJOI8U_-ebwl4Ojf13meakeZiFpArmsP=s320" width="209" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%; margin: 0cm;"><span style="background-color: #b6d7a8;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">A dica de leitura
hoje é NÃO SOU MAIS BEBÊ!, do sempre incrível e sensível Ilan Brenman. O livro
conta a história de Alice, uma menina esperta que já aprendeu um montão de
coisas e agora quer experimentar o mundo com um pouco mais de independência. Ao
menos, naquelas tarefas que ela já sabe como fazer. Essa mocinha esperta já aprendeu
a escovar seus dentes, tomar banho, trocar de roupa, comer sem se sujar, fazer
as atividades na escola. Por isso, quando os adultos tentam ajudar, ela afirma
com convicção que não é necessário, pois ela não é mais bebê. </span><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%; margin: 0cm;"><span style="background-color: #b6d7a8;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">É muito comum
ver os adultos desejando que seus filhotes cresçam e tenham autonomia. Por
outro lado, sentem receio de coloca-los no chão para explorar os ambientes, de
deixar que comam sozinhos, para não se sujar, de tirar a fralda por medo que um
eventual escape possa traumatiza-los, de dizer não quando necessário, por medo
de magoá-los, de colocar limites porque não conseguem lidar com a frustração
passageira (e muitas vezes necessária) de seus pequenos. </span><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%; margin: 0cm;"><span style="background-color: #b6d7a8;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Nenhum de nós
nasceu com o gene da autonomia. Esse gene não existe! Autonomia precisa ser
ensinada, estimulada, experimentada. Uma criança jamais aprenderá a descascar
uma fruta sozinha se sempre receber frutas descascadas na mão. Também não
aprenderá a escovar os dentes se um adulto sempre fizer isso por ela. A família
da história de Ilan, possibilitou experiências incríveis para a pequena Alice,
permitindo que a menina vivenciasse suas habilidades dentro das rotinas
diárias, até que às aprendesse tão bem, a ponto de sentir-se segura para dizer
que já não precisa mais de ajuda.</span><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%; margin: 0cm;"><span style="background-color: #b6d7a8;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Nem todas as
crianças são como Alice, que dão um basta nos adultos, quando estes não lhes
dão oportunidade de mostrarem o que sabem, ou de experimentarem repetidas vezes
os novos desafios que a vida lhes oferece. Nem todos os adultos são como os
pais de Alice, que dão oportunidade e espaço para que seus pequenos aprendam e
tenham mais autonomia. Mas, estamos nessa vida é para aprender uns com os
outros, os pequenos com os adultos e os adultos com os pequenos. </span><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%; margin: 0cm;"><span style="background-color: #b6d7a8;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">A boa literatura
para a infância nos permite belas reflexões sobre a maternidade, a paternidade,
a infância e todos os seus desafios e encantamentos. NÃO SOU MAIS BEBÊ!, convida
à reflexão e nos faz pensar sobre a necessidade de dar espaço para que os
aprendizados aconteçam, ao mesmo tempo que é preciso estar perto, para ajudar
quando necessário. Alice já não precisa de ajuda para muitas coisas, mas sabe que
ser um pouquinho bebê também pode ser bem divertido. </span><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%; margin: 0cm;"><br /></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%; margin: 0cm;"><span style="background-color: #b6d7a8;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Livro: Não sou
mais bebê </span><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: start;"><span style="background-color: #b6d7a8;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Autor:
Ilan Brenman</span><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%; margin: 0cm;"><span style="background-color: #b6d7a8;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Ilustrações:
Anna Aparicio Català</span><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%; margin: 0cm;"><span style="background-color: #b6d7a8;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Editora:
Aletria, 2018</span><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></span></p>
<span style="background-color: #b6d7a8; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 107%;">ISBN: 978-85-9526-021-4<br /></span></div>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-87948421692041809972022-01-27T05:30:00.000-08:002022-01-27T05:30:16.559-08:00APRENDER COMO AS CRIANÇAS<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg_rbOZviEBJWqbMcrAuRdOVGxaA9xaTFnlsrZjRTYHUCxYFy2wDklRbNoMJwhTvCGeMr__jCTL14JkF9XFbHH8pw1CzYJV_mbkAcqEnKcN-S7dT7EgASTHfCMvoYPqoyPHLgKUTmEtIjaYaHXRJtWW72g8RRn8p3ekH0TbvqQBf2Xwt6YC2kfPQN4r=s642" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="642" data-original-width="640" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg_rbOZviEBJWqbMcrAuRdOVGxaA9xaTFnlsrZjRTYHUCxYFy2wDklRbNoMJwhTvCGeMr__jCTL14JkF9XFbHH8pw1CzYJV_mbkAcqEnKcN-S7dT7EgASTHfCMvoYPqoyPHLgKUTmEtIjaYaHXRJtWW72g8RRn8p3ekH0TbvqQBf2Xwt6YC2kfPQN4r=s320" width="319" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Você já observou uma criança brincando com algo que
lhe interessa?! O brinquedo pode ser qualquer objeto, tampinhas, pedras,
gravetos, potes. Mas, quando a brincadeira inventada é interessante, a criança
fica longo tempo brincando. Muitas vezes, deixa tudo organizado para voltar e
brincar mais no próximo dia. E neste brincar, ela monta, desmonta, resolve problemas,
cria situações, inventa, reinventa, dá significado, aprende. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Aprendizado exige comprometimento, dedicação,
intenção, interação e desejo. Uma criança brincando está criando e buscando
estratégias para resolver seus conflitos e entender o mundo. Nenhuma criança está
“apenas brincando”. Por isso, é tão importante que os pequenos fiquem menos
tempo expostos às telas. Pois, em frente à tela eles não inventam, não criam
seus próprios problemas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Essa lógica vale também para quando já somos
crescidos. É preciso desejo para aprender qualquer coisa na vida. Não
aprendemos aquilo que nos é ensinado, mas aquilo que nos mostramos interessados
e disponíveis para aprender. Numa sala de aula, por exemplo, um professor dá a
mesma aula para um grupo de trinta alunos, mas apenas aqueles que tiverem disposição
para estar ali, terão condição de aprender de fato. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">É claro que em uma sala de aula existem muitas
variantes para pensar os processos de aprendizagens. Mas, mesmo pensando em uma
turma onde todos os alunos são bem alimentados e têm condição social e afetiva
suficientemente boas para lhes colocar em situações favoráveis ao aprendizado.
Ainda assim, se não houver vontade e disposição para o aprendizado, ele não
acontecerá em todo seu potencial. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Voltando ao exemplo da sala de aula, professores não
dão conteúdos, eles oferecem situações para que o estudante possa aprender com
elas. Por isso, são necessárias estratégias distintas para dar conta de abraçar
a complexidade de seres pensantes que habitam o espaço escola. Ainda assim, é
preciso uma disposição pessoal para que uma situação nos faça aprender com ela.
Para aprender, seja um conteúdo escolar, seja a manejar as situações adversas
da vida, é preciso o comprometimento de uma criança brincando. <o:p></o:p></span></p></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><br /><p></p>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-21569914279589639072022-01-21T01:54:00.008-08:002022-01-21T01:54:00.219-08:00SEXTOU<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhoqRZfMwmrVhTUmldk4-JGcQ9GP3gTVHclxiL0ERw7CieaCIZcgqinSiSvIwIyAWBQ8HOxhnZWBzl1y-TAIGTAZyUDsEbarug3ou8mWm-Lf2zXwYUe2LKxBLX4zVinJD5JCrCEy8XNJVWTspAjkJPCE8s4xg6B7R-ubum3JuOaRfJuNQeR__Mp75b-=s750" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="430" data-original-width="750" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhoqRZfMwmrVhTUmldk4-JGcQ9GP3gTVHclxiL0ERw7CieaCIZcgqinSiSvIwIyAWBQ8HOxhnZWBzl1y-TAIGTAZyUDsEbarug3ou8mWm-Lf2zXwYUe2LKxBLX4zVinJD5JCrCEy8XNJVWTspAjkJPCE8s4xg6B7R-ubum3JuOaRfJuNQeR__Mp75b-=w364-h208" width="364" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Verbo é a classe de palavras que, do ponto de vista
semântico, têm significado de ação, estado, mudança de estado ou fenômeno da
natureza, que varia em relação ao tempo. O que a sexta-feira tem de tão
especial, para se ter criado um verbo só para esse dia da semana? Desde quando
essa expressão foi inventada, a conotação que ela carrega é de que este é o dia
que podemos enfim, viver. <o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Nessa lógica, a vida funciona assim: de segunda-feira
pela manhã à sexta-feira à tardinha, carregamos o pesado fardo do trabalho e do
estudo. E, no final da sexta-feira, atravessamos o portal da liberdade, para
respirar e viver por dois dias, antes que novo ciclo de tortura se inicie. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Pra quem vale essa lógica? Certamente não para os
profissionais muitos que trabalham aos finais de semana. Também não para as
mulheres com tripla jornada de trabalho, que aproveitam os finais de semana
para deixar a casa em ordem, numa rotinha intensa de lava, limpa, organiza, cozinha.
Ou, para os estudantes que dedicam seus finais de semana para colocar seus
estudos em dia, ou ampliar seu aprendizado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">É irônico que essa expressão, inventada para marcar
o fim de um ciclo de trabalho, seja vazia de sentido para aqueles que quase nunca
param de trabalhar. Como também é triste que a percepção que muitos tem de
trabalho é de que este seja um fardo a ser carregado de segunda à sexta-feira. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">É verdade que nem todos conseguem trabalhar naquilo
que lhes dá prazer. Como também é verdade que muitos trabalhos exigem um
esforço físico absurdo. E, geralmente são esses os trabalhadores que tem as
condições de trabalho mais precárias, os que são pior remunerados e para quem o sextou, de fato, possa ser mais vazio de sentido.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">A semana tem sete dias. Penso ser um desperdício
deixar para sentir a vida em apenas dois. Afinal, viver, vivemos os sete. Mas,
muitas pessoas esperam para colocar sentido de viver em apenas dois dias, por
mais vazios de sentido que eles possam ser. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">E se inventássemos o segundou, terçou, quartou e
não empurrássemos para depois o desejo de sentir a vida? E se as sextas-feiras
fossem apenas mais um dia para viver da melhor forma que podemos e conseguíssemos
encontrar (ou colocar) no trabalho e nos afazeres cotidianos uma possibilidade de
viver com mais prazer? Talvez assim, a vida fosse melhor vivida durante toda a semana.
Essa possibilidade é aceitável para você? <o:p></o:p></span></p></div><p><br /></p>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-14285220254443595532022-01-13T06:59:00.003-08:002022-01-13T06:59:55.663-08:00BORA LÁ!!<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjd2PgOo9A2ziwliEZFZjvyItATO1Vdwy4IDn6OkhJ10ObXRXyMFh3xTPutZfDd-kyrDU4931xbkA0n7RZouDVu6nPimj_BQHS174-_lHLzQ5Ss4Xrcs6mh1RAKqzddvKmwOOUT8MwiH5deNJKVbH-B52WDV0Ivi7FZum037mTAaIlnzTIuCgURbttz=s500" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="334" data-original-width="500" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjd2PgOo9A2ziwliEZFZjvyItATO1Vdwy4IDn6OkhJ10ObXRXyMFh3xTPutZfDd-kyrDU4931xbkA0n7RZouDVu6nPimj_BQHS174-_lHLzQ5Ss4Xrcs6mh1RAKqzddvKmwOOUT8MwiH5deNJKVbH-B52WDV0Ivi7FZum037mTAaIlnzTIuCgURbttz=w348-h233" width="348" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Bora lá, “ano novo, vida nova”!! Vida que segue. Pra
frente é que se anda, não é mesmo?!! Gosto de andar em frente. Mas, tenho medo
de tropeçar e cair, se não aquietar o passo, se não souber o tempo de parar
para recalcular a rota, se não olhar pelo retrovisor para evitar os mesmos
erros. <o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Daqui, de onde olho o mundo, penso que o sentido da
vida é aprender, pois (quando a gente quer, quando a gente deixa) tudo é
aprendizado. Mesmo as coisas bobas do cotidiano, ou aquelas que não nos
agradam, nos ensinam. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Um novo ano está começando. Mas, só será um ano
incrível se tivermos aprendido com as experiências vividas. É chato iniciar o
ano lembrando que ainda estamos numa pandemia? É. Mas, é porque insistimos em
fazer de conta que está tudo bem, que a onda de contaminação após as festas de
final de ano virou um tsunami. O vírus não está nem aí para o que a gente pensa
dele, ele chega e faz o estrago. E, quanto mais a gente insiste em negligenciar
a sua existência, mais ele se diverte. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Avançamos muito com a vacinação. E o estrago só não
está sendo maior, porque muitos fizeram o tema de casa e se vacinaram
direitinho. Muitos, porém, ainda se negam a tomar uma vacina que poderia
minimizar os danos causados por esse bichinho. Não tomar vacina não é problema
apenas meu, ou seu. Quando o caso é de saúde pública, o problema é todo mundo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Tem gente que anda em frente, mas não aprende. Não
olha pelo retrovisor. E quando olha, é sem óculos, sem filtro, sem vontade de
aprender com os tropeços. Olhar para o passado de forma condescendente, sem
análise crítica, não ajuda a melhorar a caminhada. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Há quem ainda diga: como podem os cientistas ter
produzido uma vacina, de forma segura, tão rapidamente? Isso se chama avanço da
ciência. Hoje temos tecnologia de ponta e a pandemia fez com que todos os
esforços se voltassem para minimizar os danos causados por esse vírus. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Se queremos andar em frente, não vai ser engatando
a marcha à ré, nem andando na pista contrária. Negacionismo da ciência,
antivacina, birra para usar máscara, não é seguir em frente, é pisar no
acelerador andando na contra mão. Então, bora lá, com máscara no rosto, vacina
no braço, acertando o passo, que uma hora dessas tudo isso passa e a gente
segue. Um ótimo 2022!!<o:p></o:p></span></p></div><p><br /> </p>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-40239298587231674332021-12-31T13:43:00.000-08:002021-12-31T13:43:46.321-08:00 MAIS BOM SENSO E LUCIDEZ PARA 2022<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjvTFsPTs99LpG7_RZb4yFV2cn_3Avb5NZBX01mioRzb9k5zNvAl0T2tPhuRH6RzDGy2RJvwdN2PzbA5R9EvogKqC0TWARzW4RAS3EO0QJaFFNjy4LBNhQcQhwu70iHM768pJeyy8kqc-nMDcaQw5yeBMVNdoFs2VByGcQ4wSGI_PYVR2qqk3fT6RA9=s800" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="419" data-original-width="800" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjvTFsPTs99LpG7_RZb4yFV2cn_3Avb5NZBX01mioRzb9k5zNvAl0T2tPhuRH6RzDGy2RJvwdN2PzbA5R9EvogKqC0TWARzW4RAS3EO0QJaFFNjy4LBNhQcQhwu70iHM768pJeyy8kqc-nMDcaQw5yeBMVNdoFs2VByGcQ4wSGI_PYVR2qqk3fT6RA9=s320" width="320" /></a></div><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Mais um ano chega ao fim. E foi um ano e tanto. Ao
final do ano passado, desejei que 2021 trouxesse a vacina para a COVID-19 e
também mais bom senso e lucidez às pessoas. As vacinas chegaram e salvaram
muitas vidas. O bom senso e a lucidez, por sua vez, seguem “em passos formiga e
sem vontade”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Essa semana, quase dois anos após a chegada do
coronavírus à <i>Terra Brasilis</i>, recebi um vídeo ainda defendendo o uso de
vermífugos como tratamento para a COVID e depondo, sempre com mentiras
sensacionalistas (é claro), contra a vacina. O Brasil é um país modelo em
campanhas de vacinação. Já erradicamos doenças antes fatais, através da
vacinação em massa. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">De repente, no meio de uma pandemia, as pessoas
resolveram questionar insistentemente a eficácia de vacinas que já provaram
salvar vidas. Os argumentos são os mais frágeis: – “foram produzidas muito
rápido”, dizem alguns. Sim, o mundo parou por causa de uma pandemia.
Consequentemente, os cientistas debruçaram todos os seus esforços em encontrar
uma vacina que pudesse minimizar os danos de um vírus novo e muito agressivo.
Além da união de esforços, hoje temos tecnologia muito mais avançada do que há
dez, vinte, trinta anos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Outros dizem que “não há 100% de eficácia comprovada”.
<i>Genteim</i>, não existe 100% de eficácia comprovada em coisa alguma nessa
vida. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Além disso, as vacinas não evitam
a contaminação. O que evita o contágio é o uso de máscara, a lavagem de mãos, o
uso frequente de álcool em gel e evitar aglomeração de pessoas. As vacinas, por
sua vez, colocam nosso corpo em melhor condição de combate, para contra atacar
o inimigo invisível, caso não consigamos escapar dele. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Ao final de 2021 não é mais aceitável ficar
discutindo o indiscutível. Como declarou a infectologista Luana Araújo, discutir
o uso de medicamentos sem comprovação científica para tratar a COVID é
"delirante, esdrúxulo, anacrônico e contraproducente [...] É como se
estivéssemos discutindo de que borda da terra plana vamos pular". <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Para 2022 almejo menos do que desejei para 2021,
uma vez que vacinas já temos. Espero apenas que tenhamos todos mais bom senso e
lucidez. Tratamento precoce é máscara no rosto, cobrindo boca e nariz. O resto,
é conversa pra boi dormir. Que na contagem regressiva todos os antolhos
desapareçam, que a vida siga seu curso e cada pessoa compreenda que é
responsável por todas as vidas. Feliz 2022!! <o:p></o:p></span></p>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-70633053617890990462021-12-24T11:25:00.010-08:002021-12-25T14:50:30.386-08:00VIVA O FIM DE ANO, APESAR DA CORRERIA 😉<p style="text-align: center;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEil3aYIPC5F6YgBUTZ66yt00YwdeHbc8f-TU2wgIMAVaB7-xorZTRBOg8SENKtA36AoxPmMn1LqSIH3AxeEh1p2_Om7mvMAApsDH9QTpk-QkXGlmCFPC5Mbrc_3p_7hejPFZSbGYkhPkkn6xyp7Lv986E1mRPeOT019nDCzoz379M4xfb0ByOVsY6ra=s900" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="520" data-original-width="900" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEil3aYIPC5F6YgBUTZ66yt00YwdeHbc8f-TU2wgIMAVaB7-xorZTRBOg8SENKtA36AoxPmMn1LqSIH3AxeEh1p2_Om7mvMAApsDH9QTpk-QkXGlmCFPC5Mbrc_3p_7hejPFZSbGYkhPkkn6xyp7Lv986E1mRPeOT019nDCzoz379M4xfb0ByOVsY6ra=w372-h215" width="372" /></a></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Todo ano é a mesma história, passou setembro as
pessoas já começam a dizer que o final do ano está aí. Vivemos como o coelho de
Alice, sempre correndo e muito apressados. Sabemos que não somos eternos. Mesmo assim, facilmente deixamos
as coisas verdadeiramente importantes para depois. Deixamos para visitar os
amigos quando sobrar um tempinho, para escrever uma mensagem quando terminarmos
as tarefas intermináveis, para dizer que alguém é importante quando já não há
mais tempo. Tocar a vida não é viver.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">É fato que trabalhar é importante e necessário, que
muitos temos famílias para sustentar e não dá pra perder tempo, nem dinheiro com
futilidades. Mas, não estou falando de gastar tempo ou dinheiro com tolices. Falo
de outros investimentos, como o tempo partilhado, a gentileza, o desejo de bom
dia para um vizinho, o sorriso para a moça do caixa. De parar para brincar com
as crianças, jogar conversa fora em torno da mesa, mandar um alô para os amigos. De aquietar
para ler um texto, ver um filme, ouvir uma música. Falo de estarmos conectados
em tempo real, com o mundo real, porque dessa vida só levaremos nossas
memórias. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Fim do ano é 31 de dezembro. Ainda faltam alguns
dias para que este ano termine. Mas será só o final de mais um ano, não o
apocalipse. Se não conseguirmos finalizar algumas tarefas, haverá um novo ano
todinho pela frente. Vale lembrar (tento me convencer disso todos os dias, mas
não é fácil) que outros podem finalizar as tarefas inacabadas, mas ninguém pode
viver nossa vida por nós. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Antes do fim do ano ainda temos o Natal e uma semana todinha pela frente. Penso que o importante
é celebrar a vida, com a saúde que se tem - por vezes potente, outras nem tanto
-, no lugar onde se está, cuidando ou sendo cuidado, acompanhado ou sozinho.
Celebrar porque se está vivo, porque nessa condição ainda podemos fazê-lo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Aproveite os últimos
dias do ano. Pise no freio. Por mais que aceleremos, o ano vai acabar, o mundo
não.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Viva o momento presente, seja você o
presente!! Valorize as pequenas coisas, se alegre com o que é capaz de realizar.
Não dependa dos outros para ser feliz, mas seja feliz com os outros, pelos
outros. Que seu Natal e o fim do ano sejam bons, em qualquer lugar, na rua, na chuva,
na fazenda ou numa casinha de sapê!! <o:p></o:p></span></p>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-5791643560538610562021-10-27T12:30:00.000-07:002021-10-27T12:30:02.354-07:00 A PÓS-VERDADE TORNOU O DIÁLOGO IMPOSSÍVEL<p></p><div style="text-align: center;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAHUKH1toUXZZliJAhwgeBZc3mhQY-wgTiHkE9RQB8xX2G97bIWFST7U63BqNAZsaMhIRw81gvumD5Am9eeBLB1fVk7UNcsOD42N5VUV3vuo9wMwiWd-eNxI2WVisi385g7bHB7QMrpoo/s1024/FAKE+NEWS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="668" data-original-width="1024" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAHUKH1toUXZZliJAhwgeBZc3mhQY-wgTiHkE9RQB8xX2G97bIWFST7U63BqNAZsaMhIRw81gvumD5Am9eeBLB1fVk7UNcsOD42N5VUV3vuo9wMwiWd-eNxI2WVisi385g7bHB7QMrpoo/w356-h232/FAKE+NEWS.jpg" width="356" /></a></div><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">A arte sempre fez parte da minha vida,
especialmente a música e literatura. Eu não toco nem caixinha de fósforo, mas
meu pai era um exímio guitarrista e ainda arrisca seus solos no violão. A casa
dos meus pais sempre foi muito musical, meu pai ouvia rock instrumental e
orquestras, minha mãe gostava de Roberto Carlos e Elis Regina. Eu
virei o mix dos dois e vivi a efervescência do rock nacional dos anos 80.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Minha banda favorita, desde a adolescência, sempre
foi a Legião Urbana. De todos os discos, Legião Urbana Dois é o meu preferido.
Na última faixa do Legião Urbana Dois, Renato Russo canta, com sua voz
grave: Quem me dera ao menos uma vez/ Provar que quem tem mais do que
precisa ter/ Quase sempre se convence que não tem o bastante/ Fala demais por
não ter nada a dizer.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Legião Urbana é tão anos 80 e tão 2021 que nem sei
explicar. Nem precisa de explicação, é só cantar, pensar e sentir. Legião
Urbana não é incontestável, mas é real demais. E ser real demais em tempos de
falsas verdades, é um perigo. Talvez, por esta razão, tenta-se desacreditar a
arte, a educação, a ciência, bem como os artistas, os educadores e os
cientistas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Que mundo bacana seria este se nossos jovens
aprendessem a ler e compreender o que leram em livros, letras de músicas e
obras de arte. Se esse exercício de ler e presumir, ouvir e discutir, observar
e refletir, fosse uma constante na vida cotidiana de nossas crianças e jovens,
seria suficiente para que soubessem distinguir realidade de ficção, metáfora de
pensamento concreto, verdades de falsas verdades. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Em 2016 o Dicionário Oxford cunhou um termo que
resume esses tempos estranhos e paranoicos que andamos a viver no Brasil e no
mundo. A pós-verdade (<i>post-truth)</i> denota circunstâncias em que os
fatos objetivos têm menos influência na opinião pública que o apelo às emoções
e às crenças pessoais. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Em tempos de <i>Fake News</i> já não importa que a
notícia veiculada seja falsa, contanto que ela se encaixe no que eu acredito,
naquilo que eu sinto que deva ser a verdade. Penso que essa é a síntese da pós-verdade.
No mundo da pós-verdade já não são os fatos que organizam as coisas e sim as
percepções e os sentimentos, por mais absurdos que eles possam ser.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Em época de pós-verdade, não há como contestar
qualquer argumento com fatos ou evidências científicas, uma vez que esta se
sustenta em achismos e não em evidências. A pós-verdade tornou o diálogo
impossível. O mundo evoluiu até aqui com a ciência porque ela é questionável,
porque suas verdades não são absolutas. Mas no mundo da pós-verdade, se eu achar
que é, então é. E não há como contradizer isso, pois eu não preciso provar
nada, preciso apenas sentir que algo é verdade. Tudo que a pós-verdade não é, é
libertadora. <o:p></o:p></span></p>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-67770392587170037562021-09-16T10:25:00.008-07:002021-09-18T10:31:21.722-07:00AS CORES E AS CAUSAS DE SETEMBRO <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjef0cg6m-ae9DobhIneV0b6t2W2trbpnK2xDy4jktNx4p4Q12LNuOP0x47XxzrQ3VGeBnLw3aLPonGXCYINeDZ3n8u25qKISUVn1rt1E3kffmRxYVBTpIM4BBrKpC4oMsphj_jrKlpl8/s740/8f4b71_df1d423260e54c6b8f26dfca94b69976_mv2-1.png" style="background-color: #b6d7a8; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="484" data-original-width="740" height="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjef0cg6m-ae9DobhIneV0b6t2W2trbpnK2xDy4jktNx4p4Q12LNuOP0x47XxzrQ3VGeBnLw3aLPonGXCYINeDZ3n8u25qKISUVn1rt1E3kffmRxYVBTpIM4BBrKpC4oMsphj_jrKlpl8/s320/8f4b71_df1d423260e54c6b8f26dfca94b69976_mv2-1.png" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: #b6d7a8; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #050505; font-family: verdana; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Setembro é um mês
que invade os sentidos. Chega trazendo o cheiro das flores de laranjeira, o
canto dos pássaros em festa, as cores das azaleias, dos ipês e das
orquídeas. É um mês de muitas cores,
muitos sons, muitos sentidos e significados. A definição de significado, porém,
não é simples, pois tem relação com reconhecimento, com apreço, com
importância. E importância, é juízo de valor. O que é importante para mim, pode
não ser para você que me lê. Do mesmo modo, algo pode ter um significado para
mim e outro para você. Mesmo com visões e percepções diferentes de mundo, creio
que, tanto para mim quanto para você, a vida tem algum valor. Podem ser valores
distintos, mas o fato é, se não estivéssemos vivos, não estaríamos aqui nessa troca
de palavras.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;">
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: #b6d7a8; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #050505; font-family: verdana; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">O mês de setembro,
que traz tantas cores à natureza, traz para nossas agendas, não apenas o
amarelo dos ipês floridos, mas o amarelo que nos lembra da necessidade de
reflexão sobre a saúde mental. A campanha diz que setembro é o mês de prevenção
ao suicídio. Mas, prevenção é algo que precisa ser pensado antes. Não existe
enfrentamento ou resolução de problemas sem diálogo franco, sem escuta atenta e
compreensão dos fatos, sinais e sintomas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="background-color: #b6d7a8; font-family: verdana;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #050505; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Mas, nem só o amarele
colore as agendas deste mês. Setembro é verde também. Com o</span><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> intuito de chamar a atenção da população sobre a
importância da inclusão das pessoas com deficiência. A campanha Setembro Verde reforça
a importância da acessibilidade e da inclusão social, que possibilita dar a
todas as pessoas os mesmos direitos e oportunidades. A cor verde traz consigo
também a esperança de vida que advém da doação de órgãos e do diagnóstico
precoce do câncer de intestino.<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #1d1b25;"> O
vermelho também chega para colorir a</span> agenda do mês de setembro e marcar as
campanhas de conscientização, prevenção e tratamento das doenças
cardiovasculares.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="background-color: #b6d7a8; font-family: verdana;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Muitas outras cores devem colorir este mês, que
traz consigo o início da estação mais florida do ano e também a esperança de
que dias melhores virão. Mas, o fundamental é que, conscientes ou não das
causas levantadas e sinalizadas por cada cor, não esqueçamos que valorizar a
vida é fundamental e que, todas as vidas importam. </span><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></p></div><p><span style="background-color: #b6d7a8; font-family: verdana;"> </span></p>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-48399820371966797412021-08-19T11:29:00.012-07:002021-08-22T11:36:30.351-07:00O PARADOXO DA SEREIA E OUTROS PARADOXOS<p style="text-align: center;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlyzl5yT1o3kMttyW53YR-KzE0C98eL1JqjIMs-WdJn14zX6hWUpbOKuH2X0Ks3g3uhA4qPZVf7yPbst_G9Gp5irZq8Gmp6PNlD8BRzNBgU52HTGIuyxmSKVOkQhFMjF41bmay4R6rl-4/s706/iara.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="706" data-original-width="500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlyzl5yT1o3kMttyW53YR-KzE0C98eL1JqjIMs-WdJn14zX6hWUpbOKuH2X0Ks3g3uhA4qPZVf7yPbst_G9Gp5irZq8Gmp6PNlD8BRzNBgU52HTGIuyxmSKVOkQhFMjF41bmay4R6rl-4/s320/iara.jpg" width="227" /></a></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Em 1994 Gilberto Gil escreveu sobre a novidade
que </span><span style="font-family: "Segoe UI Symbol",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Symbol";">♫</span><i><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> “veio dar à praia, na qualidade rara de
sereia </span></i><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">[e que tinha]<i> /
metade o busto de uma deusa Maia/ metade um grande rabo de baleia”. </i>Cantava
e contava ele sobre o paradoxo daquela novidade estendida na areia, já que
muitos sonhavam com seus beijos de deusa e outros desejavam seu rabo pra a
ceia. Gil é genial com suas palavras que brincam ao olhar para as incongruências
do mundo e do humano e nos faz pensar sobre outros tantos paradoxos criados por
nós.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">A quarta semana do mês de agosto desperta em mim
sentimentos e pensamentos que podem parecer paradoxais, mas que são
absolutamente complementares. Entre os dias 21 a 28 de agosto, acontece
a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, com o
objetivo de abrir debates e colocar a sociedade em reflexão sobre questões que
envolvem inclusão e igualdade de direitos e oportunidades.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Logo no comecinho da Semana Nacional da Pessoa com
Deficiência, é celebrado também o Dia do Folclore. E qual a relação entre o Dia
do Folclore e a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência? Talvez nenhuma. Mas,
como relação é algo criado pela mente, a partir da nossa percepção de mundo e,
como habita em mim, ao mesmo tempo, a fisioterapeuta e a contadora de
histórias, acabo por brincar com a imaginação tecendo relações que me acolhem e
são acolhidas por mim. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Você já reparou que muitos dos personagens do
folclore brasileiro trazem em seus corpos marcas distintas, que aqui no mundo
real chamamos de deficiências? Ao Saci falta uma perna, à Mula sem Cabeça falta
a cabeça, o Curupira tem os pés voltados para trás e a Iara um rabo de peixe. A
Semana Nacional da Pessoa com Deficiência e o Dia do Folclore não tem relação
direta. Mas poderiam ter, na medida em que ambos nos chamam à reflexão para
lembrar daquilo que nos torna verdadeiramente humanos, a memória, o respeito, a
empatia e o cuidado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Ao falar sobre o paradoxo da sereia, Gil canta e
conta também sobre a desigualdade que coloca </span><span style="font-family: "Segoe UI Symbol",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Symbol";">♫</span><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> <i>De um
lado este carnaval, de outro a fome total</i>” </span><span style="font-family: "Segoe UI Symbol",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Symbol";">♫</span><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">. E
se fôssemos capazes de sonhar e criar um mundo menos desigual, com mais
respeito e empatia entre todos os seres? Talvez, se acreditássemos nas pessoas
como as crianças pequenas acreditam nos seres fantásticos, sem questionar suas
potencialidades, apesar de suas diferenças físicas, fôssemos capazes de
aprender mais uns com os outros e fazer mais uns pelos outros.<o:p></o:p></span></p>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-54020631552935317222021-06-17T03:00:00.003-07:002021-06-17T03:00:53.364-07:00ALZHEIMER SOCIAL: SOBRE O DESMONTE DA FUNDAÇÃO PALMARES <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivlyUChEGyQ0lJ3xMfhBTsYXeiHnw-hJi6jYawaP9o0GW8CHMeQOKI-HCfysNe60a6L-ge1C1PRRMn9rsNNOu0irCYe-sBrYp9cmVWw_JTCQ2dTnAvhA9NaFTCizbwwapERlSy-UhF8JQ/s838/memporia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="838" height="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivlyUChEGyQ0lJ3xMfhBTsYXeiHnw-hJi6jYawaP9o0GW8CHMeQOKI-HCfysNe60a6L-ge1C1PRRMn9rsNNOu0irCYe-sBrYp9cmVWw_JTCQ2dTnAvhA9NaFTCizbwwapERlSy-UhF8JQ/w353-h199/memporia.jpg" width="353" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Minha avó materna conviveu muitos anos com o Mal de
Alzheimer. Vi sua memória ir se deteriorando lenta e progressivamente. Certa
vez, depois de muitos anos do início dos sintomas, ela pegou na minha mão e, sabendo
de que havia um bom afeto EM nossa relação, disse: - a gente não é parente, mas
o importante é que a gente se gosta. Retribui o carinho na mão e respondi que
sim, que o importante era que a gente se gostava. Ouvindo essa história com
certa distância, até parece uma cena engraçada. Mas, é muito triste ver alguém
perdendo sua identidade. <o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">O Iván Izquierdo, reconhecido pesquisador do campo
da memória, certa vez falou que nós somos as memórias que temos. De fato, nossa
identidade não está num documento, está no que sabemos sobre nós mesmos, naquilo
que faz com que cada um de nós se reconheça como sujeito único no mundo. Um
cérebro que já não consegue produzir e armazenar essas informações é um cérebro
doente. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Em uma família minimamente funcional não descartamos
nossos pais e avós porque estão desatualizados, ou porque usam expressões
antigas no seu modo de falar. Eles são a memória de um tempo que explica muito
de quem somos neste momento. Uma pessoa, ou um país sem memória estão doentes. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Esta semana fomos informados de que a Fundação
Palmares retirou de seu acervo pelo menos 5.300 livros, por considerá-los,
entre outras coisas, velhos e em desacordo com as normas ortográficas vigentes.
Entre os títulos, está o ‘Dicionário do Folclore Brasileiro’, obra clássica do
historiador Câmara Cascudo, que segundo a comissão analisadora, é "um
livro não só gramatical e ortograficamente desatualizado, mas com páginas
soltas e exibindo um forte cheiro de mofo". Foram retirados também exemplares
das obras de Machado de Assis, por acreditarem que estes prestam um
"desserviço" aos estudantes, já que apresentam Português
desatualizado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">O Mal de Alzheimer é uma doença orgânica. Por esta
razão não tentei explicar para minha avó que eu era sua neta mais velha, apenas
respeitei o seu momento e retribui o afeto. Nenhum de nós quer conviver com o
Alzheimer, seja como paciente ou como familiar. Também não quero conviver com
nada que afete ou apague as minhas memórias, ou as memórias da minha gente. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Não se muda o rumo da história, apagando as memórias
de um povo. Mirar o futuro sem preservar o passado é como andar num veículo sem
espelho retrovisor. Tentar pilotar um carro sem retrovisor é imprudente e muito
perigoso. Um carro sem espelho retrovisor está com problema, um país onde
arrancam seus espelhos também está com sérios problemas. Prevenção é o caminho para minimizar o impacto
de qualquer doença, seja ela orgânica ou social.<o:p></o:p></span></p></div><p><br /></p>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-56073562160153553812021-05-13T07:02:00.001-07:002021-05-15T07:05:10.896-07:00NÃO DEIXE A PETECA CAIR<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBUjvG77ZU8tygm-IHTAiNWBU_3ki9XqmnLWh97Sv8gjtfIqqlzhhhNpHnvQWoRzccdMFNa-lehseGKSPSJwBI6wbD_EHEJOczsE6g1PP2m7PTAvpG7t9xTJ3kphyphenhyphenCRR0NodzeOz-IPvk/s400/PETECA+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="275" data-original-width="400" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBUjvG77ZU8tygm-IHTAiNWBU_3ki9XqmnLWh97Sv8gjtfIqqlzhhhNpHnvQWoRzccdMFNa-lehseGKSPSJwBI6wbD_EHEJOczsE6g1PP2m7PTAvpG7t9xTJ3kphyphenhyphenCRR0NodzeOz-IPvk/w364-h250/PETECA+3.jpg" width="364" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Mensagens motivacionais com frequência me
desmotivam. Excesso de otimismo, geralmente me deixa ranzinza, não porque sou
pessimista, mas porque penso que a gente precisa ser feliz com os dois pés na
realidade. Pensar positivo ajuda a não deixar a peteca cair, mas não resolve o
problema. Metáforas, no entanto, mexem comigo, porque me permitem pensar, a
partir das minhas referências e das mirabolâncias que sou capaz de produzir. <o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Essa história de “não deixar a peteca cair”, por
exemplo. Já fico aqui pensando que pra peteca não cair é preciso uma raquete,
ou uma mão com desejo de pegá-la. Sem a mão, a raquete também não serve pra
nada. E sozinho, nosso braço irá cansar se segurar a peteca por muito tempo. E
sem parceiro pra jogar a peteca, o jogo fica sem graça. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Problemas, na vida ou na matemática, existem para
serem resolvidos. Não conheço problema, ou conta matemática, que tenha se
resolvido só com o desejo, é preciso raciocínio, estratégia e, por vezes,
auxílio. Muitas vezes não somos capazes de resolver nossos cálculos, ou
calcular as rotas da vida, sozinhos. Algumas vezes precisaremos de ajuda, outras
vezes, seremos nós a ajudar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Quem está de fora de uma situação complexa, ou
enrolada, sempre enxerga o problema e sua conjuntura, por um ângulo diferente. Nossa
perspectiva muda de acordo com a nossa posição frente a cada situação. Por
isso, empatia e solidariedade são tão fundamentais. Olhar para o outro, tentar perceber
sua perspectiva, ajuda-lo a resolver alguma situação, pode nos ajudar a elaborar
e até resolver nossas próprias questões, pois aprendemos a olhar para a vida
por ângulos diferentes, o que sempre amplia nosso olhar sobre ela. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Viver pode ser motivador, especialmente quando
estamos dispostos a aprender com as petecas que a vida nos oferece. Muitas
vezes, uma ou outra peteca cairá no chão por falta de habilidade do jogador,
porque não calculamos a rota, porque não ouvimos a opinião de quem estava
observando com certa distância, ou de quem já deixou muitas petecas caírem no
chão. Outras vezes, acertaremos na peteca com tanta força que ela sairá do
nosso campo de visão. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Jogar peteca só é divertido quando conseguimos
ajustar a intensidade da força e o ângulo correto para acertar a raquete do
outro jogador. E, em contra partida, nosso parceiro devolve a peteca com a
mesma intensidade. Quando é assim, nos divertimos juntos, brincamos,
partilhamos o momento. Quando um quer ser mais que o outro, ter mais que o
outro, quando há um vencedor, o jogo acaba. <o:p></o:p></span></p></div><p><br /> </p>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-24464919728197505872021-04-29T18:19:00.005-07:002021-04-30T18:28:33.627-07:00TSUNAMI<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxfBui5cWzrfyeZDcp4FvVq2DmZSyM1x4vinpvhMRxVfPyykAx45eynaTnP1OSGepjOq-voQ3toi4mfeCq9iVPoqn6EFh4eKP-ZneXuEkWA6nKqEFSWrxK4PrNs-2b4COHKzG09jsNTdg/s840/Imagens_Prancheta_1_c__pia_16.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="840" height="207" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxfBui5cWzrfyeZDcp4FvVq2DmZSyM1x4vinpvhMRxVfPyykAx45eynaTnP1OSGepjOq-voQ3toi4mfeCq9iVPoqn6EFh4eKP-ZneXuEkWA6nKqEFSWrxK4PrNs-2b4COHKzG09jsNTdg/w362-h207/Imagens_Prancheta_1_c__pia_16.png" width="362" /></span></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">A ideia de trabalhar em casa não nasceu com a
pandemia que se iniciou em 2020. Na Idade Média, profissionais como sapateiros
e carpinteiros, mantinham suas oficinas nos fundos, ou no primeiro piso de suas
casas. A Revolução Industrial, porém, levou um grande número de trabalhadores para
o chão das fábricas. Muitos outros, contudo, continuaram a ocupar a casa como
espaço de trabalho.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">O <i>Home Office</i>, como o conhecemos hoje, pode ser descrito como um tipo de trabalho que
é executado para outra pessoa, ou empresa, a partir do espaço de casa. Não
costuma ser considerado <i>Home Office</i> o trabalho da costureira, da artesã,
do marceneiro, entre outros profissionais que têm suas oficinas e <i>ateliês</i>
anexos ao espaço de suas residências. De um modo geral, considera-se <i>Home Office</i>
quando, ao se trabalhar para um terceiro, existe a possibilidade de realizar as
atividades laborais no próprio espaço domiciliar, ou de qualquer outro lugar,
com o uso de ferramentas conectadas à internet, como um telefone ou computador.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Com a chegada da Pandemia da COVID-19 e a
necessidade de afastamento físico, a fim de minimizar os contágios e a
proliferação do vírus, muitos profissionais passaram a trabalhar a partir das
suas casas. Uma adaptação que se deu de modo abrupto, sem que a maioria das
pessoas tivesse tempo de realizar alguma formação ou treinamento. Apenas
aconteceu, como a chegada do vírus em nossas vidas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Uma das profissões que precisou se reinventar do
dia pra noite, foi a de professor. Só quem convive com um professor para saber
em que medida a carga de trabalho multiplicou-se. Estar com os alunos, em sala
de aula, é a parte mais divertida e prazerosa do fazer docente. Mas, o que
talvez muitos não imaginam é que, para entrar em sala os professores precisam
preparar suas aulas, organizar materiais, conteúdos, atividades. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Neste momento, em que a parte mais prazerosa da
profissão lhes foi ceifada, vejo muitas pessoas chamando os professores de
preguiçosos, dizendo que não querem trabalhar. Como se apenas voltar para a
escola fosse fazer os professores trabalhar. Saiba que trabalho docente
aumentou vertiginosamente neste tempo de pandemia. <i>Home Office</i> de
professor é um tsunami!! Porque razão empresários, políticos, advogados e
tantos outros profissionais que fazem suas atividades a partir de suas
residências não são chamados de vagabundos, apenas os professores são?! <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">É fato que este tempo longe do convívio social
afeta as aprendências de nossas crianças e jovens. Afeta o que aprendem e como
aprendem. Mas, não há tempo vivido sem aprendizado. Que cada um possa acolher
as dificuldades desse momento com empatia, gentileza e respeito. Não é possível
vislumbrar um horizonte quando olhamos apenas para o próprio umbigo. <o:p></o:p></span></p></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><span style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">* Texto publicado na Coluna "Simples Assim", do Jornal de Candelária (RS)</span></span><br /> <p></p>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-10882545336273022922021-04-22T18:22:00.002-07:002021-04-30T18:27:55.409-07:00LIVRO: UM DIREITO DE TODOS<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6UyVklrs6fdIZLoiDztW-14O8yVdQc3A2YprEJlLh8JWPQiKbFbe7_9_sXxpwFpyuoK5M5W8PqwNi5P4cSWSk07MHiEArp7gfHW-8raqxxsb2tw142zlXE9Lg75wZM2u6gpRlHdCrKpc/s840/LIVRO+TAXA%25C3%2587%25C3%2583O.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="277" data-original-width="840" height="123" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6UyVklrs6fdIZLoiDztW-14O8yVdQc3A2YprEJlLh8JWPQiKbFbe7_9_sXxpwFpyuoK5M5W8PqwNi5P4cSWSk07MHiEArp7gfHW-8raqxxsb2tw142zlXE9Lg75wZM2u6gpRlHdCrKpc/w371-h123/LIVRO+TAXA%25C3%2587%25C3%2583O.jpg" width="371" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Abril é um mês repleto de datas festivas para os
que amam os livros e a leitura. Começamos o mês celebrando o aniversário de
Hans Christian Andersen e com ele, o Dia Mundial da Literatura Infanto Juvenil.
Dia 18 de abril é aniversário de Monteiro Lobato, quando festejamos o Dia
Nacional do Livro Infantil. Reza a lenda que no dia 23 de abril de 1616,
morreram William Shakespeare e Miguel de Cervantes. Por esta razão, celebramos
nesta data o Dia Mundial do Livro e dos direitos do autor. <o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Neste ano, mais uma vez, a proposta de reforma
tributária do Governo Federal propõe uma alíquota de 12% de impostos sobre os
livros. Na justificativa, o governo diz que o livro é um produto de elite, e
que essas pessoas podem pagar mais caro. No entanto, como mostra a pesquisa
Retratos da Leitura no Brasil, a classe C, além de leitora, é também
consumidora de livros. Para se ter uma ideia, 27 milhões de brasileiros
enquadrados nesse estrato social se declaram leitores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Não faz sentido aumentar os impostos sobre os
livros, enquanto se propõe isenção de impostos para importação de armas. Tornar
os livros inacessíveis e armas mais acessíveis me parece um projeto de futuro
bastante obscuro para a população brasileira. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Na intenção de mobilizar a população e mostrar que
nós, brasileiros de diferentes regiões e classes sociais, lemos e precisamos de
mais investimentos do poder público para a área, foi que nasceu a ideia do
“Viradão da Leitura”. Trata-se de uma
mobilização nacional, um posicionamento da sociedade civil contra a proposta de
reforma tributária que prevê uma alíquota de 12% sobre os livros. A ideia do “Viradão
da Leitura” surgiu em uma conversa entre a escritora e idealizadora do Projeto
Kombina, Christina Dias, e o escritor e idealizador do Instituto de Leitura
Quindim, Volnei Canonica. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">No dia 23 de abril fique atento às redes sociais,
pois muitos leitores, escritores, contadores de histórias, mediadores de
leitura, associações, institutos, estarão envolvidos com a ação “Viradão da
Leitura”, realizando 24 horas de diálogos, debates e leituras compartilhadas
nas redes. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Bom mesmo será o dia em que os livros estiverem ao
alcance de todos. Mas, enquanto o desejo
segue como utopia, é sempre bom ter dias festivos, e também de resistência,
para que não esqueçamos da importância do livro e da leitura para um futuro
menos distópico. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">* Texto publicado na Coluna "Simples Assim", do Jornal de Candelária (RS)</span></p></div>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-56121108336437854992021-04-08T16:11:00.001-07:002021-04-09T16:14:39.266-07:00SOMOS AS MEMÓRIAS QUE TEMOS<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioutogAK6mlu06eiygbSZ6AD3vwHo9nlr76BV98FguH8TWV2WDCejFeLZjd57ni2_W9rz09f-ZfHdVhot-0Wh2WWG6sFybJz1lcoGHuwXaURs4IUsdBzS5cNUYBaN1njYApy2ep9dCM10/s640/MEM%25C3%2593RIA+.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="423" data-original-width="640" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioutogAK6mlu06eiygbSZ6AD3vwHo9nlr76BV98FguH8TWV2WDCejFeLZjd57ni2_W9rz09f-ZfHdVhot-0Wh2WWG6sFybJz1lcoGHuwXaURs4IUsdBzS5cNUYBaN1njYApy2ep9dCM10/w340-h225/MEM%25C3%2593RIA+.jpeg" width="340" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Diz o poeta, que memória é onde a gente guarda quem
a gente ama. O cientista, por sua vez, diz que somos as memórias que temos.
Quem amamos, por certo, reside em nossas memórias. Quem desprezamos também.
Sabemos quem somos e onde estamos, porque guardamos muitos registros. Somos
filhos, netos, bisnetos de pessoas concretas. As falas, posicionamentos,
escolhas e as histórias de nossos familiares, amigos, colegas de escola, ou de
trabalho, se entrelaçam com nossas memórias, fazem parte delas, apontam os
rumos para onde queremos ir e sinaliza os caminhos que devemos, ou queremos,
evitar. <o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Nossas memórias assinalam quem somos no mundo.
Quando nos apresentamos para uma pessoa, ou para um grupo de pessoas, dizemos
nosso nome, de onde somos, onde moramos, nossas experiências profissionais,
acadêmicas ou pessoais. Se somos capazes de narrar todas essas informações é
porque às temos registradas em nossas lembranças. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Uma pessoa acometida pela Doença de Alzheimer vai,
aos poucos, perdendo suas memórias, podendo chegar ao ponto de não ser mais
capaz de localizar-se no mundo, de reconhecer seus amigos e familiares, ou até
mesmo, de reconhecer-se. Este fato afirma a fala do cientista. Uma criança
pequena, por sua vez, também não é capaz de narrar sobre quem é. A construção
dessa narrativa acontecerá a partir das muitas vezes que os adultos que cuidam
dela precisarão repetir seu nome, seus nomes, nominando e dando significado a
tudo e a todos que a cercam. Aqui o poeta e a poesia do viver se fazem
presentes. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Para que a memória exista é preciso que os fatos,
as coisas, as pessoas, sejam nominados e rememorados muitas vezes. É preciso
que ganhem sentido, que sejam sentidos. Não guardamos na memória todas as
experiências vividas, nem todas as pessoas conhecidas, mas guardamos tudo
aquilo e todos aqueles que fazem e dão sentido à nossa existência. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Esquecer quem somos no mundo não é saudável, é uma
condição de quem não soube aprender ou está doente. Deixar apagar a memória do
tempo vivido não é saudável, é coisa de quem não quer aprender ou está doente. Que
toda a história já vivida sustente nossas memórias. Que cada vida ceifada por
descuido, descaso ou negligência, possa ser lembrada não como um número, mas
como um pedacinho da nossa memória coletiva. Que todo o tempo e toda
experiência partilhados possa nos fortalecer e nos qualificar enquanto seres
mais humanos. <o:p></o:p></span></p></div><p><br /> </p>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-7661895625725527622021-04-04T06:04:00.005-07:002021-04-04T06:07:16.900-07:00REIVENTANDO OS ENCONTROS DE PÁSCOA <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtMGP9zu1orTfEtun36xKveokWf1-HNPmAsfa-5w2z_X_b0clhFrwscGyT0i04axRBvlZ8a7VSa8Ibis8gyjW_HY_7ZoVXd7XX5JDkT_UZTvf2GiVbyT1dFiPq2vsQ7tzD9cUOhrdK0VU/s1280/WhatsApp+Image+2021-04-04+at+10.00.19.jpeg" style="background-color: #b6d7a8; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="1280" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtMGP9zu1orTfEtun36xKveokWf1-HNPmAsfa-5w2z_X_b0clhFrwscGyT0i04axRBvlZ8a7VSa8Ibis8gyjW_HY_7ZoVXd7XX5JDkT_UZTvf2GiVbyT1dFiPq2vsQ7tzD9cUOhrdK0VU/s320/WhatsApp+Image+2021-04-04+at+10.00.19.jpeg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%; margin: 0cm;"><span style="background-color: #b6d7a8;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Se você já
compreendeu o momento frágil pelo qual o mundo está passando, a Páscoa de 2021
será uma Páscoa diferente. Os almoços em família serão ainda menores, muitos
encontros serão virtuais, outros tantos serão em estado de solitude, no
encontro consigo mesmo. Penso que esta será uma Páscoa especialmente difícil
para os avós e tios avós, pois os mais velhos são o grupo com maior risco de
complicações pela COVID-19. Nesse tempo de cuidado extremo e necessário, a
Páscoa será diferente para todos que gostam de celebrar a vida, mas compreendem
o momento presente. </span><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%; margin: 0cm;"><span style="background-color: #b6d7a8;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Escrevo esse
texto pensando, de modo especial, nos avós e tios avós, mas também em tios,
padrinhos, irmãos, filhos, sobrinhos. Nesta Páscoa, em que o distanciamento
físico se faz ainda mais necessário, que tal puxar uma conversa por telefone,
ou fazer uma chamada de vídeo para contar uma história de Páscoa para os
pequenos (ou, para os já crescidos)? Pode ser uma memória de algo que você
tenha vivido. </span><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%; margin: 0cm;"><span style="background-color: #b6d7a8;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Só não vale
aquele papo de que antigamente tudo era mais difícil. Afinal, esse último ano
não foi fácil pra ninguém. Também não vale ficar naquela conversa de que no seu
tempo tudo era melhor, blá, blá, blá... Tem que ser uma história gostosa, que conecte
seus queridos a você, que vá fortalecer os laços e produzir memórias afetivas.</span><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="background-color: #b6d7a8; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Vale história inventada, vale colocar açúcar e
confeitar a memória. O importante é o encontro e o significado do encontro, é
partilhar o tempo, é dar valor para o que, de fato, é importante. Se não dá
para enlaçar com os braços quem você ama, enlace com histórias e memórias e
faça florescer um novo modo de celebrar a Páscoa!! Boa Páscoa!! </span></p></div>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-83862856486443754392021-03-11T02:37:00.000-08:002021-03-11T02:37:37.651-08:00FEITIÇO DO TEMPO<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi14Vu5gHoYaHIgq3zwBddu6-ElCyRNupDklH229tmsMfyJxXMcVGULUplQehqsIENi-5xrLfdNMUSVwqatCW7obuxN4cLLb1OW5OUAc5VukVe0HHLqWEVOxI4XcVkFJDGfets0mcObfFI/s400/REL%25C3%2593GIO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="200" data-original-width="400" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi14Vu5gHoYaHIgq3zwBddu6-ElCyRNupDklH229tmsMfyJxXMcVGULUplQehqsIENi-5xrLfdNMUSVwqatCW7obuxN4cLLb1OW5OUAc5VukVe0HHLqWEVOxI4XcVkFJDGfets0mcObfFI/w419-h210/REL%25C3%2593GIO.jpg" width="419" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">“Feitiço do tempo” é um daqueles clássicos filmes
da sessão da tarde. A história se passa na cidade de <i>Punxsutawney</i>, na
Pensilvânia, onde anualmente acontece a festa do Dia da Marmota. Na história,
um presunçoso e arrogante meteorologista da TV é escalado para a cobertura da
tradicional festa. Durante a cobertura do evento ele se vê preso em uma armadilha
do tempo que o faz reviver o mesmo dia infinitas vezes. Acontece que apenas ele
sabe que está preso num loop temporal, os demais personagens repetem os dias normalmente,
sem memória do dia anterior. Embora no começo da história ele aproveite para
agir de forma irresponsável, acaba ficando cansado em acordar todos os dias, na
mesma hora, ao som da mesma canção e viver os mesmos acontecimentos. Preso a
uma situação onde o fim é incerto e independe de sua vontade, o personagem decide
aproveitar a oportunidade para melhorar enquanto pessoa. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Muitos dizem que 2020 foi um ano que não valeu ser
contado e que 2021 é apenas a segunda parte de 2020. Há quem diga que em 2020,
em decorrência da pandemia da COVID-19, ficamos presos, fomos amordaçados, os
dias foram enfadonhos, as crianças não aprenderam nada, os jovens perderam sua
juventude e os adultos foram aprisionados. E que, 2021 será ainda pior. Se,
neste momento, situação está pior é porque não aprendemos a lição de 2020. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">No ano que passou precisamos nos adequar a uma nova
realidade. Poucos, porém, se lançaram pra valer nessa aventura. Muitos ficaram
reclamando que precisavam usar máscara, outros muitos negaram-se (e ainda
negam-se) a usá-la. Poucos abriram mão de viagens de férias e feriados, o
resultado já era previsto e foi anunciado. Vivemos um caos sanitário, as
reclamações continuam, assim como a falta de ações práticas, individuais e
coletivas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Vivemos há um ano, presos a um “feitiço do tempo” provocado
por um bicho bem menos interessante que uma marmota. O coronavírus não anuncia
o inverno prolongado, mas que o inferno pode ser aqui. Ouvimos autoridades pedindo
para darmos a vida pelo bem da economia, para não usarmos máscara, não tomarmos
a vacina, usarmos remédios ineficazes para esse vírus (até porque medicamento algum
mata o vírus). Homens e mulheres, que se dizem de bem, espalham notícias
falsas, promovem aglomerações, plantam e alimentam o caos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Não é o vírus que vai nos ensinar algo, mas o
desejo de aprender com isso tudo. No momento que escrevo este texto já foram
mais de 270 mil mortes notificadas em território nacional, apenas em função do
coronavírus. Com os hospitais lotados, pessoas acometidas por outras doenças
graves poderão morrer por falta de assistência. E tem gente que ainda não
acredita na gravidade da situação, que reclama por ter que usar máscara para
cobrir o rosto e não poder ir ao mercado no domingo. Quando vamos aprender que
a vida é nosso bem maior?!!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-58255362109475786522021-03-04T04:59:00.000-08:002021-03-04T04:59:04.154-08:00METÁFORAS SOBRE UM NAUFRÁGIO<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX93F6WDnGQyaukjFAJUYa-eTJ_BfrIktN89A66imNQPWoLoMPT3ZDWtmp7SeQ2iO-3hilO4WhXbhtmBS6PyC5sxDfgv6DYvVf5sLEosNtX7c5eIj5dPKMF44HTsUoFIHe9TqbbrLa7Ko/s626/BARCOS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="626" data-original-width="626" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX93F6WDnGQyaukjFAJUYa-eTJ_BfrIktN89A66imNQPWoLoMPT3ZDWtmp7SeQ2iO-3hilO4WhXbhtmBS6PyC5sxDfgv6DYvVf5sLEosNtX7c5eIj5dPKMF44HTsUoFIHe9TqbbrLa7Ko/s320/BARCOS.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both;"><p class="MsoNormal" style="line-height: 24px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 28px;">Somos todos náufragos. Faz um ano que o mundo vem naufragando num imenso oceano. Há quem diga que o vírus colocou o mundo inteiro num mesmo barco. Não é verdade, estamos naufragados num mesmo oceano, alguns em esplêndidos navios, outros em luxuosos iates, há quem esteja à deriva em uma pequena embarcação, se equilibrando sobre um bote, ou agarrado a um tronco de árvore. Duzentos e sessenta mil brasileiros, no entanto, já se afogaram nesse oceano.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 24px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 28px;">Os que olham para a água desde seus majestosos navios e iates, parecem pouco se importar com os afogados, ou com os que tentam se salvar. É como se, para eles, a vida humana não tivesse muito valor. São alimentados pela ilusão de que o vírus respeitará suas imponentes embarcações. Esquecem que um vírus, assim como eles, não tem consciência.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 24px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 28px;">Muitos dos sobreviventes nos barcos pequenos, acreditam nas mentiras contadas pelos habitantes das luxuosas embarcações, que gritam com seus megafones: “tirem essas máscaras, são elas que lhes sufocam!!”; “Estamos jogando medicamentos preventivos e feijões milagrosos ao mar para salvar vocês!!”; “Não acreditem na ciência, ela quer fazê-los prisioneiros!!”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 24px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 28px;">Muitos, dos ainda sobreviventes, agarram-se a qualquer esperança, ainda que mentirosa, de viver com a liberdade que nunca tiveram. Pensam que sobreviver não é viver. Que vida é festa, é junção, é bebedeira, música alta. Há quem grite que vida é ar entrando livremente pelos pulmões, é sangue circulando livremente por veias e artérias. Mas, seus gritos não ecoam.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 24px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 28px;">Muitos dizem estar cansados de “apenas” sobreviver. Os que se abrigam nas soberbas embarcações gritam, pedindo liberdade. Os náufragos das jangadas, botes e barquinhos reclamam, pedindo liberdade. Os que estão agarrados aos troncos, tentam apenas respirar, rezando para não entrarem para a estatística dos afogados.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 24px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 28px;">Assim, seguimos naufragados, sem sair do lugar, apenas com alguns se mantendo à deriva e outros afundados. Para sobreviver é imprescindível estarmos vivos. Quando estivermos em terra firme, poderemos celebrar a vida com alegria. Quanto mais vidas salvarmos, mais amigos teremos para essa celebração. Enquanto isso, é preciso não deixar que mais embarcações ou troncos de árvores afundem. </span></p></div></div>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-25426738541715507422021-02-11T15:18:00.001-08:002021-02-12T15:19:02.963-08:00DEIXE A LOUÇA PRA DEPOIS<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIwQN_xcMCjkY2DD27dJYoZQw1qI9-QXHSR2lvDAXZ1WSmuf6gokEig4OZjlqa0V3mqw8w5m4dd0ISndPruRTwwHK5myrnKf9vx8zdlL0phCQznh4bHXzASYH72VOnZkzV3qXRzJAr2Xs/s860/ALMO%25C3%2587O.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="485" data-original-width="860" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIwQN_xcMCjkY2DD27dJYoZQw1qI9-QXHSR2lvDAXZ1WSmuf6gokEig4OZjlqa0V3mqw8w5m4dd0ISndPruRTwwHK5myrnKf9vx8zdlL0phCQznh4bHXzASYH72VOnZkzV3qXRzJAr2Xs/w396-h223/ALMO%25C3%2587O.jpg" width="396" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Quando era criança, domingo era dia de almoçar na
casa de meus avós maternos, que moravam num sítio, onde criavam vacas, porcos,
ovelhas e galinhas. Sempre que possível, tios e primos apareciam para o almoço
ou café da tarde. <o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Depois do almoço, as mulheres ficavam um longo
tempo conversando, sem se afastar muito da mesa. Meu pai e meu avô iam tirar um
breve cochilo, mas não demoravam a voltar. Talvez, por esta razão, era comum
que emendássemos o almoço com o café da tarde.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Quando cresci um pouco, lembro de certos domingos
que, quando alguém fazia um movimento para começar a lavar as louças, minha mãe
logo dizia que os pratos podiam esperar, que quando começamos a lavar a louça a
turma dispersa e a conversa também.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Tenho grande apreço pelas conversas tecidas em
volta da mesa. Talvez, despertem em mim a memória ancestral de quando
sentávamos em torno do fogo para ouvir e contar histórias, ou apenas uma
memória de infância, que contada tantos anos depois, deve ser bem diferente dos
dias vividos naquele tempo outro. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Memória de infância nunca é o resgate de um fato,
mas do modo como lembramos e dos sentimentos que colocamos sobre o fato
lembrado. É provável que minha mãe, tias e irmãs, não guardem as mesmas
lembranças do tempo compartilhado. Cada uma de nós terá sua própria memória,
temperada com diferentes condimentos afetivos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Carrego ainda hoje comigo a necessidade de
sobremesa e cafezinho para todos os almoços em família, ou entre amigos. Penso
que ambos são apenas pretexto para ficarmos mais tempo juntos à mesa, para
puxar à memória uma receita, uma história, uma lembrança, para amarrar a junção
e prolongar o tempo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Durante o longo tempo que dura a pandemia, me esforcei
para preparar ao menos uma refeição em casa e reservar tempo para o cafezinho e
para a conversa. Ainda que os almoços com a família ampliada tenham sido
adiados para logo ali e com os amigos para um pouco depois, poder fazer uma
refeição com alguém que se dispõe a partilhar a mesa e a conversa é um grande privilégio
que torna esse tempo um pouco mais suave. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> </span></p></div><p><br /> </p>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-11517104617902294242021-02-04T09:03:00.002-08:002021-02-04T09:03:32.715-08:00QUEM TEM MEDO DA CUCA?!<p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfEtLR-rE6cz9eZJmXjvuTUOO4ue5-MHHn_K9PbJ6dY_YogFUjWftU-4o2ey2aMWCuVUbCPyhD-XZ1xsu9a_mzpwJ9D2N8S7haVLPG1EbSKIoQKSlNrZ_SSoPAU8VptRhSVogK7Khzbxk/s600/CUCA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="350" data-original-width="600" height="227" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfEtLR-rE6cz9eZJmXjvuTUOO4ue5-MHHn_K9PbJ6dY_YogFUjWftU-4o2ey2aMWCuVUbCPyhD-XZ1xsu9a_mzpwJ9D2N8S7haVLPG1EbSKIoQKSlNrZ_SSoPAU8VptRhSVogK7Khzbxk/w389-h227/CUCA.jpg" width="389" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Crianças pequenas, de um modo geral, gostam de
cantigas de acalanto, mesmo aquelas que trazem histórias de medo, como “boi da
cara preta” e “nana nenê”. Crianças também gostam de histórias de monstros e
bruxas, especialmente quando são contadas por adultos que lhes imprimem
segurança. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Cantigas e histórias narradas podem oferecer aos
pequenos, de um modo seguro, uma aproximação com experiências de medo, perda, ou
dor. Pois, aquele sentimento que já foi sentido, ou poderá vir a ser, é ali
vivenciado num espaço protegido, onde sentimentos reais são despertados através
da imaginação. Histórias e canções de acalanto são como aquelas vacinas com pequenas
porções de vírus, que informam ao nosso organismo que aquele ser existe, nos
deixando melhor preparados para enfrentá-lo quando ele tentar nos atacar no
mundo real. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">É fundamental, no entanto, para este efeito
terapêutico (chamo aqui de terapêutico aquilo que promove o bem estar) das
cantigas e histórias, que os adultos transitem por elas de modo responsável,
buscando criar, a partir da experiência compartilhada com os pequenos, uma
relação de confiança e um espaço de segurança. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Muitos adultos, porém, usam cantigas, histórias e
experiências cotidianas, para promover o medo. Crianças não tem medo de bruxas
porque as bruxas são más, mas porque quem lhes contou estas histórias, não lhes
comunicou segurança. Do mesmo modo, crianças não nascem tendo medo de dentista
ou de tomar vacina. Elas aprendem a ter medo porque muitos adultos dizem: “se
tu não te comportar, vou mandar essa moça te fazer uma injeção”. Cria-se uma
narrativa assustadora para uma experiência desconfortável e isso gera medo e
ansiedade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">No mundo da pós-verdade, andamos a ter muita
dificuldade em diferenciar realidade de ficção. Sobram informações e falta
interpretação de texto e contexto. Faz um tempo que temos andado de marcha à ré
rumo ao futuro. Há quem questione a ciência, simplesmente porque não querer
compreendê-la. Pensar não dói, mas desacomoda. Um mundo fundamentalista e
dogmático é mais fácil de ser digerido, pois não há o que questionar, apenas certezas
a seguir. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Andam a dizer por aí que tomar vacina altera nosso
DNA, que a vacina vai provocar malformações em nossos corpos, causar doenças,
nos robotizar, nos transformar em animais. Tudo isso seria divertido em uma
história de ficção, mas a COVID-19 é real. A vacina é a luz no fim do túnel,
num túnel que parece não ter fim. Fico pensando se não faltou ficção para toda
essa gente que anda por aí a duvidar da realidade. <o:p></o:p></span></p>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-5635626868553359682021-01-31T15:13:00.000-08:002021-01-31T15:13:05.024-08:00COMPRE MENOS BRINQUEDOS, BRINQUE MAIS COM SEUS PEQUENOS <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhoY3XjJh1V0heMv8Gub36WM2m3AeUvrXDHxjzzdARW1ZDXcHsBcyLpX0Hy5s9BnuxQhSXnrYLNwb4kTd88SWyU56kIqqL23CzZ5IrSDdvjBB-8lzDMkDBokk5jHooXc4fAxk84flWafM/s2048/_Write+it.+Shoot+it.+Publish+it.+Crochet+it.+Saute+it%252C+whatever.+MAKE._+%252869%2529.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="2048" height="339" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhoY3XjJh1V0heMv8Gub36WM2m3AeUvrXDHxjzzdARW1ZDXcHsBcyLpX0Hy5s9BnuxQhSXnrYLNwb4kTd88SWyU56kIqqL23CzZ5IrSDdvjBB-8lzDMkDBokk5jHooXc4fAxk84flWafM/w339-h339/_Write+it.+Shoot+it.+Publish+it.+Crochet+it.+Saute+it%252C+whatever.+MAKE._+%252869%2529.png" width="339" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">É
comum que os adultos, para acarinhar, ou suprir suas ausências, comprem muitos
brinquedos para seus pequenos. Mas, brinquedo nenhum assegura o brincar. Até
porque, as crianças não precisam de brinquedos para brincar, elas brincam com o
próprio corpo, com suas vozes, com pedrinhas, pedacinhos de madeira, barro,
conchas, panelas, talheres, brincam com tudo e com nada. <o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Tudo pode ser brinquedo, se for brincado. E,
um brinquedo caro pode ser apenas um belo objeto de decoração, se for deixado
na prateleira. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">O
mais importante na brincadeira não é o brinquedo, mas o brincar, o verbo, a
ação. O brincar compartilhado é fundamental para estabelecer bons vínculos
afetivos, para criar significados, encontrar sentidos, desenvolver as linguagens
e múltiplas aprendizagens. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Muitos
brinquedos sonoros, cheios de recursos, letras e números não asseguram nem o
brincar, nem a aprendizagem, pois os símbolos que estão ali representados podem
não fazer o menor sentido para a criança. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Aprendizagem
não é um processo intelectivo apenas, é sensorial, motor, afetivo e simbólico.
Quem aprende é o corpo. É através do corpo que as informações chegam ao cérebro
e é por meio dele que as respostas cognitivas, motoras, sensoriais, são manifestadas.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Se
queremos que nossos pequenos aprendam e se desenvolvam, é importante brincar,
cantar, dançar, contar histórias, dar colo, passear, conversar. Comprar lindos
brinquedos não substitui nenhuma destas ações. </span></p></div>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-11535501635960473962021-01-28T14:06:00.001-08:002021-01-31T14:12:01.879-08:00LIVROS SÃO COMO PAIXÕES ADOLESCENTES<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjk_W00_SfOQ-3PailjUX3z-wO3eOKP-JYcwq1ifIEq0hIP0B7TZppw2rI-MTydSN-J7z9xtLVngi9bJsOF5kwSlayrJB2pS7I_qpo-5XATIpHedU6H2_WM3b5Y6pBsXcK-Ho_ZoC3OZOc/s730/leitura.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="365" data-original-width="730" height="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjk_W00_SfOQ-3PailjUX3z-wO3eOKP-JYcwq1ifIEq0hIP0B7TZppw2rI-MTydSN-J7z9xtLVngi9bJsOF5kwSlayrJB2pS7I_qpo-5XATIpHedU6H2_WM3b5Y6pBsXcK-Ho_ZoC3OZOc/w397-h199/leitura.png" width="397" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Os jovens, de um modo geral, apaixonam-se com mais
facilidade e maior frequência do que os adultos. Talvez porque os hormônios
estejam em ebulição, ou pela curiosidade aguçada da juventude, ou ainda, pelo
desejo de novas experiências e aventuras. Lembro que na minha juventude, os
adultos chamavam as paixões adolescentes de “paixonites”. Possivelmente, porque
às considerassem um sentimento agudo e intenso, que logo passava, sem maiores
riscos de “cronificar” e virar um amor de longo prazo. <o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;">
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Algumas “paixonites” da adolescência, no entanto, podem
cronificar, outras podem deixar marcas em nós, mas em sua maioria, são brisa. Quando
eu tinha uns doze anos de idade, sofri de uma “paixonite” que não cronificou,
mas deixou marcas profundas para o resto da vida. O causador dessas cicatrizes,
cinco anos mais velho que eu, gostava de boa música e bons livros. Carrego
comigo, até os dias de hoje, seu gosto musical e o desejo de encontrar na leitura,
fontes de inspiração. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Houve um livro em especial que, naquela época, ele
disse ser o seu preferido. Eu, como estava ardendo em febre pela paixonite,
quis imediatamente ler aquele livro, apenas para poder dizer a ele que eu o
havia lido. Uma reação comum às paixonites é que, quando estamos febris,
queremos impressionar o outro, chamar sua atenção de alguma forma. Como haviam
cinco anos de diferença entre nós – e cinco anos é um tempo muito longo quando
somos jovens – eu queria encontrar um modo de mostrar minha pretensa
maturidade. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Tentei ler o livro. Obviamente, como maturidade não
é algo que ganhamos pelo desejo, mas pelas experiências que precisam de tempo,
não consegui finalizar a leitura. Tive a incrível ideia de pedir para uma amiga,
que devorava um romance por noite, para ler a história e me contar o que havia
nela. Minha amiga, por ter os mesmos anos de experiência que eu, também não
conseguiu avançar na história. Não tive êxito em exibir minha pretensa
maturidade leitora ao jovem rapaz.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Anos depois, o livro seguia na minha estante. Aos
dezessete, peguei-o para ler novamente e o devorei numa sentada. A leitura
fluiu e a história transbordou para fora de suas páginas. Naquela época eu já
estava curada da febre, mas haviam as cicatrizes melódicas das canções do
Nelson Coelho de Castro. E agora, ficaria marcada também por aquela história. A
marca, porém, foi maior. Ficou daquela experiência a cicatriz da compreensão
leitora. Entendi, naquele momento, que não há livro que não possamos ler, há
livros que não agradam nosso paladar e outros que ainda não estão no ponto para
serem (co)l(h)idos. Livros são como paixões adolescentes, alguns viram grandes
amores, outros deixam marcas em nós e alguns serão nuvens passageiras, que o
vento vai levar.<o:p></o:p></span></p></div><p> </p>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-57177804081708487822021-01-07T12:47:00.001-08:002021-01-16T12:50:29.259-08:00SEM EXPECTATIVAS PARA 2021<p style="text-align: center;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp_h9FyM0h-P6lVtkNXAVpWbAkQ0bWCxewVnXcDwsMzr0bpKCC4hUGDeq4HAmrd4OHAT7Vq5aNt98XICQsqkTFqdGi9ayVaWsQNGdiabm9-HiWgWUmHbuugPGcNMys-oUU01EU-5m5JwI/s500/flor-na-pedra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="312" data-original-width="500" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp_h9FyM0h-P6lVtkNXAVpWbAkQ0bWCxewVnXcDwsMzr0bpKCC4hUGDeq4HAmrd4OHAT7Vq5aNt98XICQsqkTFqdGi9ayVaWsQNGdiabm9-HiWgWUmHbuugPGcNMys-oUU01EU-5m5JwI/w343-h214/flor-na-pedra.jpg" width="343" /></span></a></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Chegamos em 2021. Nunca iniciei um ano com tão
pouca expectativa. Meu único plano para este ano é viver um dia de cada vez. Pretendo
também procrastinar menos, resolver um problema de cada vez e cada um a seu
tempo e viver o melhor possível cada dia. A grande lição que tirei de 2020 foi:
não planeje tanto, faça acontecer. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Iniciei o ano anterior com muitos planos, investi
dinheiro neles. E, consequentemente, perdi dinheiro com eles. Pois, assim como
você, no início do ano eu não tinha como imaginar o que viria pela frente. O Coronavírus
chegou sem aviso prévio e fez um estrago danado mundo a fora. De uma hora para
outra o meu, o seu, o mundo inteiro virou de cabeça pra baixo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Mas, apesar da bagunça que o bichinho continua
causando, ele mostrou que eu podia fazer tudo que eu queria, só que de outros
modos. Me mostrou também que era possível fortalecer os laços de amizade,
cuidar da saúde e da saudade de quem queremos bem, colocar em prática os
cuidados de prevenção da COVID-19 com leveza e bom humor, cuidando de mim e de
cada um a minha volta. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Quando tudo isso começou, lá em março de 2020, eu já
pensava que a humanidade não sairia melhor dessa experiência, mas que ela
acentuaria os traços de cada um e de cada grupo. Quase um ano depois, é
exatamente isso que vejo. Quem era solidário, empático e consciente, segue
mantendo suas características e fortalecendo suas redes de apoio. Quem era
egoísta, negacionista e se alimentava de teorias conspiratórias e narrativas
tóxicas, também. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">A diferença entre esses dois grupos, ao meu ver, é
que o primeiro teceu redes de afeto e solidariedade, através de ações
concretas, que potencializavam e qualificavam o fazer e o viver do outro. O
segundo, continuou apenas criando teorias, mirabolâncias e verborragias tóxicas.
Num mundo onde grande parte dos seres humanos olham e fazem apenas pelo seu
umbigo, é mais fácil, e muito mais cômodo, alimentar-se das narrativas que
cabem dentro da própria roupa. Qualquer movimento fora do roteiro, faz a roupa
ficar apertada e desconfortável. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Para 2021 não quero criar expectativas, não quero
ficar na posição daquela que anseia por algo e vê o anseio tornar-se ansiedade.
Para 2021 desejo conjugações verbais, afinal a vida se faz ao viver. Neste ano quero
muitos verbos para conjugar, o primeiro deles: “esperançar”, no melhor sentido
freiriano. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">“</span></i><i><span style="font-family: "Tahoma",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"></span></i><i><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo
esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do
verbo esperar não é esperança, é espera”</span></i><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">,
dizia Paulo Freire<i>. “Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás,
esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante,
esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo...”.</i> Que em 2021
possamos conjugar muitos verbos: viver, vacinar, aprender, ser, abraçar,
beijar... Que verbos você deseja conjugar em 2021?! <o:p></o:p></span></p>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-28771171644956739262020-12-31T17:42:00.000-08:002020-12-31T17:42:21.229-08:00UM ANO PARA GUARDAR NA MEMÓRIA<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivtzycuySL5YEQKVWiztWUwLhyGWCqJ-IhsPTb12-BE7EcdaZ2sVG-NAKzjab10IODqa_7YXyOqCgua_VNJQwhE13Ipk7qwGIp-RBp_qhJGRHE0RG0xbZbAxEfEPgpB031IarG0J8vAT8/s1024/abra%25C3%25A7o+1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="847" data-original-width="1024" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivtzycuySL5YEQKVWiztWUwLhyGWCqJ-IhsPTb12-BE7EcdaZ2sVG-NAKzjab10IODqa_7YXyOqCgua_VNJQwhE13Ipk7qwGIp-RBp_qhJGRHE0RG0xbZbAxEfEPgpB031IarG0J8vAT8/s320/abra%25C3%25A7o+1.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">O ano vai chegando ao fim. 2020 foi um ano atípico.
Ouço pessoas dizendo que querem pular 2020, passar uma borracha nele, não
contá-lo como ano vivido. Eu, no entanto, quero manter bem vivas todas as lembranças
desse tempo. Só aprendemos, de fato, com as experiências vividas. Por isso,
quero deixar tudo bem guardadinho na memória. Passar uma borracha é não
aprender nada com o que vivemos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Estamos no meio de uma pandemia que abalou o mundo
e já matou quase dois milhões de pessoas em todo o planeta. De uma hora para
outra, tivemos que aprender a viver afastados de quem amamos e, por um tempo
maior para uns e menor para outros, inteiramente distantes dos colegas de
trabalho ou de escola. Fomos impedidos de compartilhar nosso chimarrão, de sair
com os amigos, de mostrar o sorriso e partilhar o abraço.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Em 2020, também vimos crescer a intolerância, os
discursos de ódio, os movimentos chamados de negacionistas, que negam a
existência da pandemia, negligenciam a dor de quem perdeu alguém querido, ignoram
os avanços da ciência, para dar vez e voz a discursos alarmistas e notícias
falsas. Para aprender qualquer coisa, é preciso desejo e esforço. Quem insiste
em usar antolhos não tem desejo de aprender, por isso, não se esforça para
tirá-los. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Mas, nem tudo foi difícil ou triste em 2020. Ao
longo deste tempo de distanciamento social, descobrimos novas formas de nos
encontrar, de celebrar a vida, de aprender, de cooperar, de andarmos juntos. Vi
redes de solidariedade se formar e se fortalecer. Vi, muita gente se esforçando
para ajudar a cuidar da saúde das outras pessoas. Esse cuidado se fazia
presente em atitudes simples, como fazer uso correto da máscara, e também em
ações maiores, doando e preparando alimentos para pessoas que precisavam, oportunizando
algum conforto para quem tinha mais necessidade, promovendo momentos de leveza
e saúde mental, através de<i> lives</i> e vídeos, compartilhando leituras e
poesia, divulgando informações relevantes, apoiando quem precisava, se fazendo
presente na vida das pessoas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Se passarmos uma borracha em 2020, repetiremos os
mesmos erros nos anos seguintes. Eu quero mesmo é lembrar de tudo que foi bom e
também do que não foi. Quero que 2020 fique muito bem guardadinho na memória e
que o vivido até aqui, inspire o vem pela frente. Que 2021 chegue trazendo a
vacina e também bom senso e lucidez. Que à meia noite todos os antolhos
desapareçam, que a vida siga seu curso e cada pessoa compreenda que é
responsável por ela. Feliz 2021!! <o:p></o:p></span></p><br /></div>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-46319094966170584162020-11-25T19:28:00.001-08:002020-11-26T19:32:22.689-08:00PRECISAMOS MAIS DO QUE TEMOS?<p style="text-align: center;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJGrRLO4WKbSiAJtRf7xJK5vt1jzzAJK4ag4fDut9MC3VmEU5LOQ69NYjMPZuSqOd4KtNsCJ_iyI5EEKqnfq9YsfiKcBHQjyJ1lbhyzr-vD1oOBo7XqfNIUZuDSwBcJDh_r950IXkwwV8/s680/COMPRAS+-++gpointstudio++Thinkstock.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="453" data-original-width="680" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJGrRLO4WKbSiAJtRf7xJK5vt1jzzAJK4ag4fDut9MC3VmEU5LOQ69NYjMPZuSqOd4KtNsCJ_iyI5EEKqnfq9YsfiKcBHQjyJ1lbhyzr-vD1oOBo7XqfNIUZuDSwBcJDh_r950IXkwwV8/s320/COMPRAS+-++gpointstudio++Thinkstock.jpg" width="320" /></a></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><a name="_Hlk56659026"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Há certas
situações, imagens, sons, que fazem o cérebro humano reagir quase que
instintivamente. Falo quase, porque são reações aprendidas. Algumas dessas
reações são importantes em muitas circunstâncias, podendo até mesmo salvar
nossa vida, ou a vida de outras pessoas. Outras, no entanto, são apenas
gatilhos inúteis. <o:p></o:p></span></a></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Um
exemplo claro é o modo como muitos seres humanos reagem à palavra PROMOÇÃO.
Este não é um som que dispare gatilho em nenhum outro animal. Muitos tornam-se
irracionais frente à essa palavra, que ganhou outra dimensão depois da
popularização do termo BLACK FRIDAY. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Quando
ouvimos a palavra PROMOÇÃO sentimo-nos tentados a comprar algo. Essa é uma
reação emocional, não uma resposta racional para o que se apresenta. Quantas
vezes você já comprou algo que não precisava, ou que depois nem chegou a usar,
só porque estava em promoção, ou estava barato. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Como
estamos no mês da Black Friday e logo ali na frente vem o Natal, escolhi
partilhar com vocês alguns dos 12 princípios do consumo consciente, proposto
pelo Instituto Akatu. Para</span><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">
eles, consumir com consciência é consumir diferente, tendo no consumo um
instrumento de bem estar e não um fim em si mesmo. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Sendo assim, destaco aqui alguns destes princípios
que merecem leitura e reflexão, antes de nos jogarmos nas tentadoras promoções
de novembro e dezembro. (1) <b>Planeje suas compras</b>, não seja impulsivo. Planeje
antecipadamente e, com isso, compre menos e melhor; (2) <b>Consuma apenas o
necessário</b>, reflita sobre suas reais necessidades antes de comprar algo;
(3) <b>Use crédito conscientemente</b>. Pense bem se o que você vai comprar a
crédito não pode esperar e esteja certo de que poderá pagar as prestações; (4) <b>Conheça
e valorize as práticas de responsabilidade social das empresas</b>. Valorize as
empresas que demonstram responsabilidade para com funcionários, sociedade e
meio ambiente; <b>(5) Reflita sobre seus valores</b>. Avalie constantemente os
princípios que guiam suas escolhas e seus hábitos de consumo.<o:p></o:p></span></p><p style="text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Economia também é evitar desperdício, deixando de
comprar coisas desnecessárias. Experimente ir ao mercado com lista de compras e
você verá a diferença. Com a lista em mãos, entramos no mercado e vamos
certeiros naquelas prateleiras que possuem os produtos que realmente
precisamos, pois já identificamos em casa a sua necessidade. Sem lista, ficamos
vagando entre as prateleiras, sendo tentados a comprar coisas absolutamente
desnecessárias, gastando muito mais, quando passamos pelo caixa. Neste final de
ano, avalie o que realmente é indispensável para você. Comprar na promoção não
é, necessariamente, sinônimo de economia, comprar sem ir muito além do
necessário é. <o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2726275653125870969.post-9919450656660617092020-10-15T04:26:00.001-07:002020-10-16T04:30:27.831-07:00AMIZADE É BEM QUERER<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJCN1GOLK2qm0Ps1v3mX5F6raoCLjoKt3Ah84qo0q9pVvXl7kXMY-jUM6ASQVQfPNhXsxG0nCabDzakCV63Ee7Ad9mUI85cMN6ojYlDW26bfZgPjbHoBR6J00qLqyNPJTFA5KyZupf5eA/s1024/amizade-reproducao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="554" data-original-width="1024" height="203" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJCN1GOLK2qm0Ps1v3mX5F6raoCLjoKt3Ah84qo0q9pVvXl7kXMY-jUM6ASQVQfPNhXsxG0nCabDzakCV63Ee7Ad9mUI85cMN6ojYlDW26bfZgPjbHoBR6J00qLqyNPJTFA5KyZupf5eA/w375-h203/amizade-reproducao.jpg" width="375" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Quando meu filho era pequeno, volta e meia me
perguntava quem, entre meus amigos, era meu melhor amigo. Difícil explicar para
uma criança que, quando crescemos, podemos ter vários melhores amigos. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Para os pequenos, todos os amigos são amigos de
infância. Para os adultos, nem todos os amigos de infância seguem sendo amigos,
alguns tornam-se apenas bons conhecidos ou conhecidos distantes. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Tenho um amigo que diz haver diferença entre
amizade e parceria. Segundo a classificação dele, existem pessoas que são excelentes
parcerias para festas e encontros casuais e existem os amigos. Depois de um bom
tempo tentando entender essa classificação, compreendi que amizade nutre-se de
um bem-querer que não se esgota, enquanto a parceria necessita de um bem-querer
apenas para aquele instante de convivência. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Tenho amig@s que conheci em momentos aleatórios, em
instantes curtos de convivência, mas que o bem-querer foi nutrido. E, daquela
semente pequenininha, jogada ao léu, brotou uma amizade. Alguns amigos e amigas
muito queridos, encontrei pessoalmente apenas uma vez. E tenho amig@s que nunca
encontrei pessoalmente, pois a distância física entre nós é enorme. Mas, apesar
da distância, nos queremos bem, acompanhamos as histórias uma da outra, nos
alegramos nas vitórias, nos fazemos presença nos momentos difíceis. A essa
presença, necessária para vida, chamo amizade. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Verdadeiros amigos não precisam estar juntos o
tempo todo, não exigem exclusividade, não necessitam de uma longa história ao nosso
lado para saber de nossa amizade, nem precisam de beijos e abraços diários para
saber que lhes queremos bem. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Amigos, no entanto, precisam ser lembrados, e saber
que são lembrados de um modo especial, por quem lhes quer bem. É muito bom receber
uma mensagem com seu nome, uma imagem que diz que lembramos especialmente del@
e não de uma multidão aleatória, um telefonema, uma chamada de vídeo, uma
pequena lembrança. Há muitas formas de se fazer presença numa amizade. Como
você tem se feito presença na vida de seus amigos? <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt;">* Este texto escrevi pensando num tantão de amigos
queridos que me inspiram, apesar e para além do distanciamento social ou
geográfico.</span></p>Léla Mayerhttp://www.blogger.com/profile/00098859231529299196noreply@blogger.com0