segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

PIQUENICANDO NA PRAÇA NO CARNAVAL

Toda vez que estendo as colchas no chão de uma praça, distribuo os livros sobre elas e aguardo o olhar curioso das crianças e dos adultos, me sinto como o personagem de uma das histórias que mais amo narrar, “O homem que contava histórias”.
Sigo contando e ouvindo histórias, como ele. Eu, no entanto, ainda acredito que as histórias que narro possam emocionar e provocar diferentes modos de sentir, pensar e agir. Ainda acredito que elas possam transformar um ou outro modo de afetar o mundo. Mas, como o homem que contava histórias, também às conto para não deixar que o mundo mude a minha essência.
O bacana do espaço público é que o narrador tem também a oportunidade de ser um escutador, de partilhar experiências, de descobrir coisas que acontecem em contextos outros, que ele/ ela/nós desconhecemos.
Hoje, domingo de carnaval, eu fui para a praça. Fui assim, sem anunciar. Uma praça longe do centro da cidade, onde nunca aconteceu um piquenique literário. Os olhares foram de estranhamento. Muito estavam envolvidos em outros fazeres, mas as crianças vieram, queriam saber dos livros, queriam que eu contasse histórias. E ainda que ficassem indo e voltando, sempre voltavam.
Os livros desse encontro foram (todinhos) cuidadosamente selecionados pela equipe super parceira, amorosa e competente d’A Taba (Clube de Assinatura de Livros Infantis). Super indico conhecer o trabalho deles nas redes sociais. A equipe dá um suporte maravilhoso para pais, avós, professores, para todos nós, que acreditamos na leitura como ferramenta de potência do humano.
 
 
 
 

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