Setembro é um mês
que invade os sentidos. Chega trazendo o cheiro das flores de laranjeira, o
canto dos pássaros em festa, as cores das azaleias, dos ipês e das
orquídeas. É um mês de muitas cores,
muitos sons, muitos sentidos e significados. A definição de significado, porém,
não é simples, pois tem relação com reconhecimento, com apreço, com
importância. E importância, é juízo de valor. O que é importante para mim, pode
não ser para você que me lê. Do mesmo modo, algo pode ter um significado para
mim e outro para você. Mesmo com visões e percepções diferentes de mundo, creio
que, tanto para mim quanto para você, a vida tem algum valor. Podem ser valores
distintos, mas o fato é, se não estivéssemos vivos, não estaríamos aqui nessa troca
de palavras.
O mês de setembro,
que traz tantas cores à natureza, traz para nossas agendas, não apenas o
amarelo dos ipês floridos, mas o amarelo que nos lembra da necessidade de
reflexão sobre a saúde mental. A campanha diz que setembro é o mês de prevenção
ao suicídio. Mas, prevenção é algo que precisa ser pensado antes. Não existe
enfrentamento ou resolução de problemas sem diálogo franco, sem escuta atenta e
compreensão dos fatos, sinais e sintomas.
Mas, nem só o amarele
colore as agendas deste mês. Setembro é verde também. Com o intuito de chamar a atenção da população sobre a
importância da inclusão das pessoas com deficiência. A campanha Setembro Verde reforça
a importância da acessibilidade e da inclusão social, que possibilita dar a
todas as pessoas os mesmos direitos e oportunidades. A cor verde traz consigo
também a esperança de vida que advém da doação de órgãos e do diagnóstico
precoce do câncer de intestino. O
vermelho também chega para colorir a agenda do mês de setembro e marcar as
campanhas de conscientização, prevenção e tratamento das doenças
cardiovasculares.
Muitas outras cores devem colorir este mês, que
traz consigo o início da estação mais florida do ano e também a esperança de
que dias melhores virão. Mas, o fundamental é que, conscientes ou não das
causas levantadas e sinalizadas por cada cor, não esqueçamos que valorizar a
vida é fundamental e que, todas as vidas importam.
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