quarta-feira, 29 de abril de 2015

TRISTE PELO PARANÁ! TRISTE PELO BRASIL!

Hoje, quando cheguei em casa após um longo dia de trabalho e sem me conectar às redes meu marido me perguntou:
- Você viu o que está acontecendo no Paraná?!
Faz meses que a situação está conturbada no Paraná e descobrimos isso no primeiro dia em que desembarcamos em Curitiba para conhecer a capital daquele estado, em nossas férias. Chegamos no aeroporto com a notícia de que ônibus estavam em greve. Em função da greve, pode-se dizer que conhecemos Curitiba a pé e com isso conversamos com muitas pessoas e já podíamos imaginar que o que estávamos vendo era apenas a ponta do iceberg. Mas não imaginava que fôssemos chegar a um cenário de barbárie. Triste! Lamentável!
Para que fique registrado, o que aconteceu na tarde de hoje (29/04), é que professores em greve no Paraná e policiais militares entraram em confronto na frente da Assembleia Legislativa em Curitiba, onde estava sendo votado o projeto  de lei que altera a fonte de pagamento de cerca de 30 mil beneficiários para o Fundo Previdenciário.
Com as mudanças na Paranáprevidência, o governo estadual, comandado por Beto Richa (PSDB-PR) deixa de pagar sozinho as aposentadorias e repassa parte da conta para os próprios servidores, já que o fundo é composto por recursos do Executivo e do funcionalismo. A medida cria uma economia de R$ 125 milhões mensais ao governo. De acordo com relatos, os policiais usaram bombas de gás lacrimogênio, balas de borracha e jatos de água contra os manifestantes.
“Nunca imaginei que em pleno século XXI depois de lutas muito importantes pela democracia, pudéssemos viver um momento terrível como esse, um aparato policial de guerra, com helicóptero voando baixo derrubando as barracas e ameaçando retirar os professores que lutam contra a retirada de direitos previdenciários dos servidores públicos do Estado do Paraná. Nesse momento, somos mais de 20 mil nessa praça de guerra”, afirmou Carmen Foro, vice-presidenta da CUT Nacional.
De acordo com o portal G1, o presidente da Assembleia, Ademar Traiano (PSDB), comentou que “O que ocorre lá fora não é problema desta Assembleia". De quem seria  o problema, então?!!
E para ficar pior, no final do dia, alheios ao confronto que deixou 213 feridos, 31 deputados chancelaram projeto do governo. De acordo com o site "Gazeta do Povo", sem se importar com o "que se passava do lado de fora do plenário da Assembleia Legislativa, os deputados governistas pareciam participar de mais um dia normal de sessão. Com exceção do líder do Executivo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), 30 parlamentares aliados permaneciam impassíveis em suas cadeiras, sorrindo e jogando conversa fora.
Amparado em uma decisão judicial que garantia a segurança do prédio e a realização dos trabalhos sem a presença dos servidores, o Legislativo tocou de forma ininterrupta cinco horas de discursos e votações em três sessões seguidas – uma ordinária e duas extraordinárias. No início da noite, os governistas finalmente conseguiram aprovar em definitivo o projeto de reforma da Paranaprevidência, enviando-o para sanção do governador Beto Richa (PSDB)".
Dá pra não lamentar, pra não se indignar?!!
 


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário