sexta-feira, 20 de setembro de 2013

MUITAS FORMAS DE SER GAÚCHO

No dia 20 de setembro, aqui no Rio Grande do Sul, celebra-se o início da Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos. A Guerra, que iniciou em 1835 e durou 10 anos, baseava-se no conflito político entre imperiais e liberais, que propunham um modelo de estado com maior autonomia para as províncias. Grande crítica que se faz hoje é o modo romanceado como tratamos este triste episódio da nossa história. Ocorre também que para muitos parece que gaúcho de verdade precisa andar pilchado, falar com sotaque da fronteira e servir em alguns estereótipos. Neste sentido, faço minhas as palavras do Caio Riter, que hoje escreveu: "Sou gaúcho, mas não do tipo que cultua as tradições. Não vou a desfile, não me pilcho, não monto cavalo, nem acampo no Harmonia (aliás, o acampamento ser em PoA é bem estranho, afinal a Capital não se rendeu aos farrapos jamais, foi sempre monarquista). Sou gaúcho, tenho orgulho de sê-lo, não creio que para tal precise me uniformizar. Porém, também não vejo ...problema em quem o faça. Talvez, este orgulho que infla nosso peito merecesse se voltar para o ontem, para o hoje. Ver além do aparente. Tarefa difícil, sempre. A arte faz isso: nos dá olhos de ver".
Meu avô era patrão de CTG, mas eu gostava mesmo era do rock e da MPB que se fazia por aqui. Comecei a tomar chimarrão com 17 anos, depois viciei e também acho refrescante um "chimas" no verão. Sou uma gaúcha urbana mesmo, sigo curtindo a música mais urbana que se faz por aqui, não uso roupas típicas e não falo tchê, mas falo "Bah, tri legal"!! Não acho nenhuma guerra justa, não seria a dos Farrapos que haveria de ser. Mas também não me desgasto com o 20 de setembro, não me incomodo com os tradicionalistas, porque é muito estranho ver como algumas pessoas se incomodam com os tradicionalistas daqui, mas prezam as tradições de fora, sobretudo aquelas que cruzam oceanos

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