PIQUENIQUE VIRTUAL (I)

COMO NASCEU A IDEIA: A proposta inicial era fazer o segundo Piquenique da Leitura de Santa Cruz do Sul (RS), mas como a previsão do tempo e as agendas das organizadoras não contribuíram, outra ideia surgiu. A intenção inicial era ir aquecendo os amigos de Santa Cruz para o próximo piquenique, mas já que o encontro seria real (com o livro, os amigos próximos, os vizinhos, filhos, sobrinhos,...) e também virtual, porque não ampliar?! Deixamos então a intenção rodar o mundo, assim todos que desejassem poderiam se “aprochegar” para esse, digamos... Piquenique Virtual!! A ideia foi a seguinte: domingo (vale o sábado também) todo mundo que pudesse e quisesse faria um momento bacana de leitura. Se a criançada estivesse por perto, melhor. Mas se não houvesse crianças, valia leitura de adulto também. Mas tinha que ser uma leitura bacana, daquelas “sem serventia”, só prazer!! Valia pipoca, chimarrão, bolinho de chuva, cafezinho, pinhão, chazinho. Só tinha uma regra: tinha que ser divertido (e literário, é claro)!! Quem quisesse registrar o momento para depois compartilhar no facebook e aqui no blog, seria legal!! Quem tivesse Piquenique da Leitura em sua cidade, compartilharia as notícias do piquenique também!! Poderia ter registro fotográfico e também (ou então) um breve relato contando qual foi a leitura que fez, porque daí já compartilharíamos ideias literárias também. 

Eu (Léla), a Kellen Gassen e nossos filhotes João e Arthur nos reunimos da casa da Kellen para ler, papearmos sobre leituras e também comermos bolo de cenoura e pão de queijo. Cada um de nós fez ao menos uma leitura em voz alta para os outros. As leituras que fizemos foram as seguintes: o João (meu filho) leu "O menor homem do mundo" (do livro As histórias mais loucas do mundo, da Raquel Grabauska, Ed. Artes e Ofícios) e um trecho do livro "Filhote de Cruz Credo", do Fabrício Carpi Nejar (Ed. Girafinha). O Arthur leu alguns trechos do livro "1000 coisas inúteis que um garoto deveria saber antes de crescer", do Aníbal Litvin e Mario Kostzer (Ed. V&R). A Kellen contou (com direito a encenação) o conto "Uma história de Florence Nightingale". E eu (Léla) contei duas histórias, "O homem mais mentiroso do mundo" (também do livro "As histórias mais loucas do mundo") e a história de "Bal Shem Tov", contada no livro "O dom da fábula", da Clarissa Pinkola Estés (Ed. Rocco).

O Paulo Bocca foi o primeiro a deixar uma dica de livro: "No canfundó das estrelas", de Sérgio Napp (Paulinas). Uma verdadeira obra de arte literária e de ilustrações riquíssimas.

A Milene Barazzetti Machado mandou notícias do Piquenique Literário realizado ainda no sábado, na Biblioteca Fábrica do Saber, em Novo Hamburgo.

A Daniele e o Sidnei Brasil compartilharam sua leitura: “Fora de Rota”, de Paulo R. Pires. “Viajar, sem sair do lugar”!!

A JéssicaTalita Mallmann Weschenfelder leu o livro que ganhou de presente da sua amiga Cláudia Bender, "O livro dos manuais", do Paulo Coelho. Terminou rapidinho e disse que a leitura é fácil, agradável e com várias dicas úteis.

A Marciana Oliveira fez uma leitura muuuito divertida neste domingo chuvoso. “Estou soltando altas gargalhadas com o livro "A vida sexual da mulher feia", da Cláudia Tajes. Aí vai uma pequena amostra: "É muito provável que a mulher feia passe a vida inteira pulando de desamor em desamor, enquanto pensa ser amada. Ao mesmo tempo, seria muito preconceituoso afirmar que apenas as feias estão condenadas a love stories de segunda categoria: muitas das bonitas também gastarão seus melhores anos e esperanças em romances tristes e equivocados. A diferença é que elas têm mais escolhas". 

A Melissa Braga disse que a Anahí leu alguns contos de Andersen, Grimm e Perrault (Ed. Girassol) para seus amiguinhos, tendo como trilha sonora o barulhinho bom da chuva.

A Silvana Budde e a Lívia também se divertiram entre os livros, neste domingo. A Silvana disse que durante o Piquenique Virtual sua leitura foi o livro "1822", do Laurentino Gomes (Ed. Nova Fronteira). Mas ela também compartilhou momentos de leitura com a pequena Lívia, as duas leram “Esse mundo é uma bola”, do Ziraldo (Ed. Melhoramentos). 

As queridonas Beatriz Myrrha e Virgínia Cândido, “piquinicaram” lá no Museu das Minas e do Metal, em Belo Horizonte (MG), onde a Beatriz (que é uma grande contadora de histórias, além de minha amigona) contou as histórias "Guilherme Augusto Araújo Fernandes", "O Homem que Colecionava Caixas", "Saci e Tio Barnabé" e o conto "Museu" (de autoria da própria Bê), que faz em homenagem aos Museus, mas em especial ao MMM. Uma delícia!!!!!!! 

Depois do encontro, de muita prosa e obviamente de um “cafézim” mineiro, a Virgínia continuou a diversão com "Marília de Dirceu: a musa, a Inconfidência e a vida privada em Ouro Preto no século XVIII", de Staël Gontijo e Alexandre Ibañez (Ed. Gutenberg). 

A Suely Aymone e o Tomás, embalados pela doce delícia de um domingo de ócio, chuva mansa e pipoca, releram algumas obras que fazem parte de suas histórias, como “O Planeta Lilás”, do Ziraldo (Ed. Melhoramentos) e “Pequenas observações sobre a vida em outros planetas”, do Ricardo Silvestrin (Ed. Salamandra). A Suely contou fatos emocionantes que envolveram essas histórias.

- Quando li pela primeira vez [O planeta Lilás] pro Tomás há oito ou nove anos (tempo, tempo, tempo...), ouvi dele, emocionado: "Essa foi a melhor história que já li na minha vida"!

- Certa vez em Poa, num sarau na Casa de Cultura, o Tomás era o único piá. Então, Silvestrin disse Planeta Poft. - "Eu conheço, eu tenho esse livro!", se ouviu a voz do menino em meio a um público de adultos.

Eles leram também “O menino que sonhava transformar o mundo”, de Rogério Barbosa (Ed. Pallas). A vida de Che Guevara sempre nos inspira...

Ah, e a trilha sonora: Pink Floyd. Mas houve um trato: nada de fotos... sabe como é, filho com 13 anos... 

A Larissy Américo releu “O lado bom da vida” (Matthew Quic, Ed. Intrinseca), mas vou deixar que ela mesmo conte: “A minha leitura de hoje, ou melhor, releitura, foi O LADO BOM DA VIDA!

Porque apesar de ter uns bons livros para serem lidos, ao pensar em qual livro seria o escolhido para esse Piquenique Virtual, combinado com essa chuvinha gostosa, me veio um sentimento de: eu preciso reler esse livro acompanhado de um chima e bolinho de chuva, preciso deixar escorrer mais algumas lágrimas e gargalhadas com ele. Resultado: após todo o mix de sentimentos e uma tarde chuvosa, aquele mesmo sentimento de que precisamos ensinar o hábito da leitura aos nossos pequenos, pois não há lugar mais belo, mais criativo, imaginativo, aconchegante do que o lugar para onde uma bela história nos leva!”

Claudia Pereyra Ramos, depois de uma prova complicada, para relaxar leu para as filhas um texto que elas já conhecem e não cansam de escutar e pedir para que Cláudia releia. O livro tão requisitado é “Assim assado”, da Eva Furnari "Assim assado" (Ed. Moderna). Ela contou que as filhotas também adoram “Viviana a Rainha do Pijama”, do Steve Webb (Ed. Salamandra).

A Rosemary Metzker, de Governador Valadares (MG), adorou a ideia do piquenique e como boa mineira que é passou a tarde na companhia de um bom café, pão de queijo e a releitura de alguns dos 84 "romances" (isto é, poemas épico-líricos inspirados na tradição popular hispânica) d'O Romanceiro da Inconfidência que, publicado em 1953 (e que completa agora em 2013, 60 anos). Cecília Meireles conta a história de Minas do início da colonização até a Inconfidência Mineira, revolta ocorrida em fins do século XVIII, na então Capitania de Minas Gerais. Destaque para o Romance LIII ou das Palavras Aéreas. 

A queridona Margareth Jackle ficou muito contente por ter recebido em sua casa a grande amiga e contadora de histórias Aira Nascimento Alves. Margareth disse que com a chuva e o frio a tarde foi excelente para as histórias. “Saber que estaríamos participando do Piquenique Virtual teve um sabor muito especial. Aproveitamos para trocar muitas experiências em contação de histórias e para lermos os seguintes livros: ‘Cultura da Terra’, de Ricardo Azevedo (Ed. Moderna); ‘O caso dos brinquedos trocados’ e ‘Um Presente Especial’, da Leila Pereira (Ed. Castelo) e ‘Tininha Cereja’, do Celso Sisto (Ed. Paulinas). 

A Marisa Dias compartilhou conosco que durante o piquenique estava lendo o livro “1808”, de Laurentino Gomes (Ed. Planeta). 

A Nedi Ropke passou o domingo debaixo das cobertas, no quentinho, lendo e saboreando um cacau tinindo de quente. Ela contou que acabou de ler “Morcegos Negros”, de Lucas Figueiredo (Ed. Record) e seguiu a leitura com “Nau Capitânia”, de Walter Galvani (Ed. Record).

A Isabel Duarte começou a “piquinicar” ainda na madrugada fria do outono gaúcho, regada a muito café, acompanhada de um aquecedor e enrolada em mantinhas de lã para aquecer e proteger do frio. “O cantinho do piquenique foi um recanto especial da casa, chamado carinhosamente por cantinho de estudos ou "biblioteca" (um lugar onde eu e minhas sobrinhas de sete anos arrumamos, para nossas incursões no mundo do saber e das artes). As minhas leituras não foram literárias, foram leituras relacionadas aos conhecimentos específicos, exigidos no concurso do magistério estadual para o professor dos anos iniciais. É um assunto que me encanta, então o prazer foi similar a aquele que sentimos quando lemos literatura. Queria tirar uma foto da porta do nosso cantinho, mas como estou sem câmera, anexo as fotos de uma obra coletiva que eu e minhas sobrinhas fizemos e que enfeita a entrada deste lugarzinho mágico, inspirada no livro O Grande Urso Esfomeado”.

A Taiany Olive contou que o domingo foi em casa, “já que o friozinho da chuva lá fora nos convida a ficarmos recolhidos. Como de costume fizemos o momento de leitura, claro, não como sempre, já que hoje estivemos juntos para tal feito. O Luís Henrique está lendo ‘Ponto de Impacto’, de Dan Brown (Ed. Sextante), o Luís Eduardo ganhou uma coleção muito linda ainda essa semana do autor Fabio Gonçalves Ferreira, também ‘Um doce de menino’, de Gustavo Luiz & Mig (Ed. Zeus), o papai continua estudando bastante em seu curso online, já euzinha invisto tempo uma vez mais em nosso querido Machado, com “Memórias Póstumas de Brás Cubas” que me acompanha por esses dias. Grande abraço a todos, e foi um prazer compartilhar nosso momento por aqui!”.

Sem palavras para agradecer a participação tão querida de todos neste nosso primeiro Piquenique Virtual!! Vida longo aos Piqueniques Literários!!