sábado, 12 de novembro de 2011

NÃO TENHA MEDO DE SOFRER DE ALEGRIA EXCESSIVA

Acabei a poucos instantes de assistir ao filme Patch Adams mais uma vez (e chorei mais uma vez!), com a maior certeza do mundo de que todas as minhas escolhas se complementam profundamente. 
Esta semana foi uma semana carregada de encontros, reencontros e emoções. No domingo eu estava em Porto Alegre, fazendo oficina de Contação de Histórias e vivendo momentos maravilhosos ao lado de amigos que amo muito. Na segunda pela manhã, estava em sala de aula desenvolvendo práticas que ensinam a reabilitação de pacientes neurológicos. À tarde, estava de jaleco, fazendo a supervisão de estágio na Clínica de Fisioterapia da Unisc. Isso sem contar os momentos com a família. Parece maluco (pra quem não me conhece, é claro!), mas não é. Nem maluco, nem esquizofrênico, nem antagônico. 
Na segunda à tarde reencontrei a Mariana (essa história está na postagem anterior), que me abraçou muito e dois dias depois, voltando à FisioUnisc e me enchendo de abraços de novo, me disse que tinha muitas saudades das músicas que eu cantava pra ela. 
Naquele momento tive o maior reconhecimento que uma fisioterapeuta pode ter e pensei em todos os embates que travei ao longo desses 15 anos para ser a profissional que acreditava valer a pena ser. E VALEU!! A Mariana foi uma prova importantíssima de que, mesmo sempre cheia de dúvidas, segui o caminho certo. 
Hoje sou Fisioterapeuta, Educadora (daqui a pouco pedagoga) e Contadora de Histórias (tudo isso junto, ao mesmo tempo). 
Pensei nesse meu percurso enquanto revia Patch Adams e pensei que precisava fazer o registro. Principalmente porque esta semana aconteceram muitas outras coisas, como uma aluna que me perguntou se quando eu terminei a faculdade eu tinha certeza do que queria. 
Gente, eu vou fazer quarentinha daqui uns dias e agora eu começo a pensar que sei o que quero. E tenho certeza de que não quero uma coisa só. Nada de linearidades!!
Para os meus alunos da Fisioterapia me resta dizer: Não tenham medo de sofrer de "alegria excessiva", porque ela não se opõe ao conhecimento científico. O que se opõe ao aprendizado das ciências que lidam com o humano é o descaso e a indiferença. O amor e a alegria só complementa, só amplia os profissionais que podemos ser.

Um comentário:

  1. Valéria,
    Amei este movimento das aprendizagens que Vocês escolheu pra trilhar e enredar histórias, é neste suposto caos que a ordem acontece e nos surpreende. A sabedoria nasce nesse processo, de repente você puxa o fio de Ariadne e vai embora...
    Muitas alegrias se misturam.
    Sejamos sempre felizes!
    Abraços mais que terapêuticos!

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