Hoje
foi dia de ouvir meu querido amigo Roger Castro falar, narrar e dinamizar na
oficina “Corpo, voz e movimento” – IV Módulo do Curso Literatura Infantojuvenil
nas Múltiplas Linguagens, que acontece no auditório da Livraria Paulinas, em
Porto Alegre. O Roger tem uma linda trajetória de vida que foi e vai lhe
constituindo enquanto artista e pessoa sensível e competente que é. As propostas
do Roger nessa manhã fria e chuvosa desacomodaram o corpo e o pensamento e
aqueceram o coração de quem se permitiu vivenciar alegremente esse momento.
Penso
que as colocações do Roger nessa manhã, além de pertinentes, foram
absolutamente necessárias, pois falar sobre narração oral pode ser um tema
complexo. O que é e o que não é contação de histórias? Teatro é contação de
histórias? Animação cultural é contação de histórias? Contar histórias é mediar
leitura? Estas são perguntas que estão sempre sendo feitas e não há consenso
para responde-las.
Poder
refletir sobre o fato de que nem toda narração aproxima o leitor do texto
literário (ao menos não de modo linear), que animação cultural não é (necessariamente)
mediação de leitura, que é preciso conhecer o público e pensar estratégias que
sejam adequadas para cada situação posta, que o percurso para a mediação
literária pode ser mais longo do que gostaríamos, é entrar numa zona que é
conflitante para muitos profissionais que trabalham com narração oral e
mediação de leitura, mas o Roger ousou. Trouxe uma discussão necessária, ao
mesmo tempo que valorizou o trabalho com a palavra de muitas formas distintas.
Uma
alegria imensa poder conhecer o Roger educador, para além de seus muitos
personagens, mas que também os constituem. Saio desse encontro com muitas inquietações
absolutamente necessárias para que eu possa florescer um pouco mais as muitas
que sou. Gratitude, Roger!!
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