Sigo pensando que, por mais acadêmica e
clínica que seja a ciência que façamos, quando à realizamos com desejo e prazer,
esta torna-se uma ludociência. Hoje tive a alegria de participar de um
belíssimo encontro entre ludocientistas, ludoterapeutas, ludoeducadores, seres humanos
sensíveis, que juntos buscam pensar um outro modo de estar no mundo, que
permita acolher as diferenças a partir da compreensão do outro e do respeito pelas
diferenças. O tema que nos uniu neste belíssimo Circuito de Palestras foi o
Autismo, um encontro maravilhoso, cheio de gente bacana a partilhar saberes,
fazeres e desejos de um mundo com mais conhecimento e sabedoria. O Instituto
Formação articulou e realizou com muito cuidado este encontro, que foi grande e
que plantou uma semente de desejo de mais saber. Faço aqui um breve registro
desse encontro.
Uma alegria estar entre estes homens sábios,
num momento de partilha, ampliação de saberes e diferentes modos de olhar para o
Autismo e o mundo a partir dele. Olhares e fazeres que se somam, complementam,
fortalecem. Uma alegria participar dessa partilha!!
Partilhar conhecimento e bons afetos com
pessoas queridas é sempre uma alegria!! Um contentamento só estar entre essas
duas queridas, Olga Bohn Martins e Vanessa Coutinho, que um dia foram alunas,
hoje colegas, amigas, acreditadoras da vida!! Que alegria reencontrá-las neste
momento tão único!! Sigamos, meninas!!
"Autismo: da Avaliação Diagnóstica à
Abordagem Terapêutica", fala brilhante do Dr. Clay Brites, que ampliou
muito o modo de pensar e realizar a avaliação de crianças com TEA, enfatizando a
importância do diagnóstico precoce.
"A contribuição da genética para o
TEA", fala incrível do Dr. Diogo Ventura Lovato, absolutamente atual, com
saberes importantes que precisam circular, apresentando pesquisas genéticas
super contemporâneas e com um olhar novo, de quem faz pesquisa com um prazer
verdadeiramente lúdico e responsabilidade absolutamente científica e ética.
Respostas a questionamentos e bom debate
sobre avaliação, pesquisa e abordagem terapêutica para pessoas com TEA, com
esses quatro grandes pesquisadores Carlo Schmidt, Rudimar Riesgo, Diogo Ventura
Lovato e Clay Brites.
"Estimulação Psicomotora no TEA: uma
proposta interventiva". Luciana Brites trouxe uma fala dinâmica, repleta
de conceitos fundamentais que amparam o entendimento do Desenvolvimento
Neuropsicomotor da criança que sustentam possibilidades terapêuticas mais
interessantes e potencialmente mais eficazes.
"Neuroplasticidade, memória e funções
executivas nos processos de intervenção", fala encantadora da Raquel Ely,
sobre conceitos fundamentais para pensarmos as terapêuticas para as crianças
com TEA.
"Movimento e ludicidade como possibilidades
de múltiplas aprendizagens para as pessoas com TEA", foi a minha fala
neste belíssimo encontro de muitos olhares sobre o TEA. Dizem
que o alicerce do humano se constrói a partir de nossa história social, mas ele
se fundamenta também a partir do movimento e necessariamente a partir de nosso
corpo. António Damásio (2000) diz que “qualquer que seja a questão que possamos
levantar sobre quem somos e por que somos como somos, uma coisa é certa: somos
organismos vivos complexos [e] com um corpo”. Este corpo que brinca, convive e
aprende nesses múltiplos fazeres e partilhas cotidianas, foi um pouco do que eu
(Léla Mayer) busquei falar nestes minutos de partilha. Uma fala pautada na nas
minhas muitas experiências, pesquisas e (con)vivências pessoal e profissional.
"As tecnologias na sala de aula para
facilitar a interação do professor com o aluno com TEA" foi a fala
(sempre) divertida, dinâmica e cheia de ideias do Max Haetinger.
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