Sétima
semana de internação hospitalar. Sete semanas que passo a dividir o tempo entre
os filhos, tentando ser uma mãe suficientemente boa para o João (meu filho mais
velho, hoje com 14 anos), passando um tempo com ele, fazendo comidinha caseira,
bolo de cenoura, vendo séries na TV, ouvindo música, batendo papo. Procurando
ser uma mãe suficientemente boa para o Arthur, passando o tempo a fazer
fisioterapia - porque uma nova atelectasia apareceu do nada para desafiar a
habilidade técnica e a paciência -, cantando cantos, narrando contos, fazendo
“chamegoterapia”. Procurando ser paciente com o Cláudio e esperando paciência
dele para comigo. São 49 dias que só nos encontramos, o Cláudio e eu, nas “trocas de
plantão” na UTI. A vida tem suas prioridades e emergências, neste momento a urgência é saber viver com leveza, paciência e zelo.
*Essa que sou, mãe,
professora, fisioterapeuta, contadora de histórias, escritora, dançante (não
exatamente nessa ordem), estou com meu filho mais novo, Arthur, hospitalizado.
Esse é o relato desses dias de tempestade, que escolho fazer da forma mais
amorosa e serena que puder.
Nenhum comentário:
Postar um comentário