Lá
se vão três semanas de internação hospitalar. Essa semana voltamos para a UTI
já na segunda-feira. As ondas desse tsunami cerebral aumentaram, o quadro
convulsivo do nosso pequeno Arthur tornou-se mais intenso e as crises mais
extensas. Voltamos para a UTI sabendo da necessidade de uso de medicação
contínua, da sedação como caminho, da ventilação mecânica como possibilidade. Há
que se ter calma, alma leve e coração tranquilo, porque uma nova rotina, fora
da velha rotina cotidiana, se faz necessária. Já passamos por internações
longas, mas faziam 5 anos que não voltávamos para uma Unidade de Terapia Intensiva.
Toda vez que uma internação se faz necessária, em função do quadro convulsivo,
um filme longo passa por nossas cabeças, resgatando de imediato medos,
insegurança e impotência. Mas a vida segue e nós seguimos com ela.
*Essa
que sou, mãe, professora, fisioterapeuta, contadora de histórias, escritora,
dançante (não exatamente nessa ordem), estou com meu filho mais novo, Arthur, hospitalizado. Esse é o relato desses dias de
tempestade, que escolho fazer da forma mais amorosa e serena que puder.
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