Há exatos
nove anos eu voltava de uma incrível viagem à Galícia e Portugal. Aquela foi a
primeira vez que ouvi falar em Dia de São Valentim, pois no Brasil ainda não se
falava em “Valentine's Day”. Lembro de ver as pessoas se mobilizando para
celebrar a data no dia anterior à minha volta. Me diziam: -Mas você não vai
passar o Dia de São Valentim aqui? E eu lhes respondia que já era casada e que meu
namorado estava no Brasil.
A razão pela
qual celebra-se os namorados no dia de São Valentim é cativante. Segundo o que
me contaram os portugueses, São Valentim foi um bispo que lutou contra as
ordens do imperador Claudio II, que havia proibido a celebração de casamentos
durante as guerras, pois acreditava que os homens solteiros eram melhores
combatentes que os casados.
Valentim,
contrariando as ordens do imperador, continuou a celebrar casamentos, mas foi
descoberto, preso e condenado à morte. Na prisão, Valentim recebia muitas
flores e bilhetes de jovens apaixonados. Enquanto esperava o cumprimento da sua sentença, Valentim se apaixonou pela filha cega de um carcereiro da
prisão e casou-se com ela. A moça, por milagre, recuperou a visão. Antes de sua
execução, escreveu uma mensagem de adeus à amada, na qual assinava como “Seu
Namorado” ou “de seu Valentim”. Por esta razão é que no dia em que celebra-se a
morte de São Valentim os namorados trocam cartões, flores e bombons.
Achei tão linda a história de São Valentim e o
modo como a data é celebrada, muito diferente do modo como comemoramos o Dia
dos Namorados por aqui, exaltando mais o presente do que a data.
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