Acabo de ler em um
site de notícias que o Ministro interino da Educação, Mendonça Filho, paralisou
as negociações de implementação da Base Nacional Curricular Comum, documento
que vai determinar conteúdos mínimos que os alunos das 190 mil escolas do
Brasil terão de aprender em cada etapa da educação básica e cuja segunda
versão, elaborada com ampla mobilização e participação social, foi entregue no
início de maio pelo então ministro da Educação, Aloizio Mercadante. A ideia no
novo Ministro interino é "desideologizar" o debate e rever alguns
conceitos que estavam norteando os trabalhos. Esta situação foi iniciada ainda nas
primeiras semanas do novo governo interino, que abriu as portas do gabinete
ministerial para ouvir as sugestões de um ator de filmes eróticos que já
declarou em rede nacional de TV ter estuprado uma mulher, inclusive descrevendo
a cena e sendo aplaudido pelo público. Este mamífero bípede, que lidera um
movimento chamado Revoltados Online (nome que deve ter sido dado por um adolescente
do tipo “rebelde sem causa”), já demonstra pela sua postura ética e
profissional o quão comprometido é com a educação deste país. Pois bem, com esta
pausa nas negociações o atual Ministro interino busca aderir a uma proposta do
movimento, chamada de “Escola Sem Partido”. Vale destacar que a proposta de “Escola
Sem Partido” é alvo de críticas por muitos educadores renomados no país, uma
vez que este projeto representa um cerceamento ao direito do exercício do livre
magistério. Além de ferir preceitos constitucionais da Educação e da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Por esta razão, o projeto de Escola
Sem Partido é considerado um atraso nos avanços sobre discussões de diversidade
e direitos das minorias nas escolas.
Esta situação toda me põe a refletir, refletir, refletir... Difícil é
digerir!! Escolas não tem partido, tem ideias, tem gente que pensa, que pode ou
não ter filiação a algum partido político. Ter ideais, ter posicionamento
político não é ter filiação político partidária. Independente filiação ou não a
um partido, se pensamos e manifestamos nosso pensar, somos seres políticos.
Quem foi que inventou essa ideia de que toda política é partidária?! Calar os
professores, impedir que manifestem seu pensar, não é fazer uma "Escola
Sem Partido" é impor a ditadura do silêncio, novamente. Já vimos este
filme e ele é bem poético nas telas de cinema, apenas lá. Que a história fique
na memória para que os erros não se repitam. Quanta falta de criatividade
repetir os erros do passado, com tantas novas possibilidades para tropeçarmos
pela frente.
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