Cultura é uma das expressões com significado mais amplo que
conheço e talvez por isso, associado à falta de conhecimento (e também de boa
vontade) de muitos seres humanos, seja tão difícil compreender seu conceito e
suas necessidades.
Numa primeira busca pelo significado do termo “cultura” no Google a informação que vem é do campo da ciência. Cultura é o “cultivo de célula ou tecidos vivos em uma solução contendo nutrientes adequados e em condições propícias à sobrevivência”. Talvez a ciência possa ajudar a compreender algo fundamental para a cultura em todas as suas dimensões, "ela precisa de nutrientes adequados e condições propícias para sobreviver".
Numa primeira busca pelo significado do termo “cultura” no Google a informação que vem é do campo da ciência. Cultura é o “cultivo de célula ou tecidos vivos em uma solução contendo nutrientes adequados e em condições propícias à sobrevivência”. Talvez a ciência possa ajudar a compreender algo fundamental para a cultura em todas as suas dimensões, "ela precisa de nutrientes adequados e condições propícias para sobreviver".
Cultura significa também, de modo muito mais amplo
e complexo, todo o conhecimento,
a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes, os hábitos e
aptidões adquiridos pelo ser humano desde seu núcleo familiar até
as mais distintas interações nos muitos espaços sociais em que convive.
Assim sendo, a música, a literatura, a culinária, o modo de se
expressar, o artesanato, a língua, os hábitos, tudo isso reflete a cultura de um povo, que vai sendo
tecida ao longo de muitos anos, através das distintas vivências e modos de
conviver.
A cultura, no entanto, para que se consolide enquanto tal,
precisa se fazer presente na vida das pessoas cotidianamente. Uma língua que não
é falada é uma língua morta, uma cultura que não é vivida será uma cultura
extinta.
Quem faz com que uma cultura se mantenha viva é quem à
preserva, seja usufruindo ou criando. Quem cria, quem faz cultura, quem dedica-se
a ela profissionalmente é um profissional da cultura.
Artistas e artesãos, nos mais distintos campos que estas duas palavras possam abranger, são trabalhadores da cultura e como qualquer trabalhador, precisam ser valorizados e remunerados.
Artistas e artesãos, nos mais distintos campos que estas duas palavras possam abranger, são trabalhadores da cultura e como qualquer trabalhador, precisam ser valorizados e remunerados.
Ocorre, no entanto, que quando um profissional realiza sua
atividade com empenho e dedicação, muitas pessoas dizem que ele o faz por
vocação. Ter vocação significa ter inclinação ou habilidade para algo que levará
a pessoa a exercer uma determinada carreira ou profissão. Ter uma habilidade e
poder trabalhar com aquilo que lhe dá prazer é, de fato, uma benção. Mas isso
não faz com que o trabalho deixe de ser trabalho.
Vivemos um tempo em que, lamentavelmente, muitas pessoas
pensam que trabalho não pode dar prazer. Não por acaso lemos uma enxurrada de
postagens felizes nas redes sociais quando chega a sexta-feira. Muitas pessoas
passam a semana se torturando no trabalho para “aproveitar” o final de semana para se “anestesiar”.
Outras aproveitam o final de semana para se alimentar de cultura, vão a um show, ao teatro, ao cinema, a um sarau, a um bazar e esquecem que aqueles que estão ali, lhe nutrindo, são também trabalhadores.
Outras aproveitam o final de semana para se alimentar de cultura, vão a um show, ao teatro, ao cinema, a um sarau, a um bazar e esquecem que aqueles que estão ali, lhe nutrindo, são também trabalhadores.
Tenho visto artistas e artesãos serem desrespeitados e
desvalorizados como se cidadãos trabalhadores não o fossem. Tenho visto pessoas
(que se dizem do bem) chamando-os de vagabundos, assim como vejo governantes
achando que devem fazer arte por amor, já que este é um dom.
Observo ainda Fundações que apoiam a cultura serem duramente atingidas por legisladores, Secretarias de Cultura extintas ou então fundidas com a pasta do lazer, sem nenhum discernimento entre o que é lazer e cultura.
Lazer distrai, cultura nutri, provoca e faz pensar. Sempre que fundem lazer e cultura, a cultura fica de lado, porque ela é perigosa para os governantes e "donos do poder", sempre foi e sempre será.
Por isso, o jeito mais fácil de tentar aniquilar a arte e a cultura é procurar matar à míngua, não dando meio nem condições propícias para que sobrevivam, mas somos (nós, artistas e artesãos) bichinhos resistentes!!
Observo ainda Fundações que apoiam a cultura serem duramente atingidas por legisladores, Secretarias de Cultura extintas ou então fundidas com a pasta do lazer, sem nenhum discernimento entre o que é lazer e cultura.
Lazer distrai, cultura nutri, provoca e faz pensar. Sempre que fundem lazer e cultura, a cultura fica de lado, porque ela é perigosa para os governantes e "donos do poder", sempre foi e sempre será.
Por isso, o jeito mais fácil de tentar aniquilar a arte e a cultura é procurar matar à míngua, não dando meio nem condições propícias para que sobrevivam, mas somos (nós, artistas e artesãos) bichinhos resistentes!!
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