Melhor do que organizar a postagem sobre Lou Gehrig
foi receber a mensagem da querida amiga (e ex aluna) Carla Sartori, profissional super competente
no campo da Fisioterapia Neurofuncional, dizendo: “Quem teve a doença
diagnosticada nessa idade foi Hawking”. Lá fui eu, buscar a informação correta
mais uma vez. Só então me dei conta que, embora tenha falado no caso de Lou
Gehrig em aula, havia apenas a imagem de Stephen Hawking projetada (vou precisar mudar
essa apresentação...).
Stephen Hawking dispensa qualquer apresentação é
doutor em Cosmologia e um dos mais consagrados cientistas da atualidade. Seus
principais campos de pesquisa são a cosmologia teórica e a gravidade quântica.
Hawking escreveu diversos livros que ajudaram a divulgar complexas teorias
cosmológicas em linguagem fácil para leigos. Entre eles estão: Uma Breve
História do Tempo, O Universo numa Casca de Noz (2001), Uma Nova História do
Tempo (2005) e God Created the Integers (2006).
Porque falávamos dele na aula de Fisioterapia
Neurofuncional I? Porque Hawking é portador de Esclerose Lateral Amiotrófica (a
Doença de Lou Gehrig). A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença
degenerativa que paralisa os músculos do corpo sem, no entanto, atingir as
funções cerebrais. Nocaso de Hawking, a doença foi detectada quando tinha 21
anos. E esta foi a questão que desencadeou toda essa conversa, o tempo de
início da doença. Eu, particularmente, nunca acompanhei nenhum caso em que o
diagnóstico tivesse acontecido tão precocemente.
Hoje não há como falar em ELA ou em Tecnologia
Assistiva sem falar em Stephen Hawking. Afinal, não é frequente acompanharmos o
caso de um paciente com diagnóstico de ELA a tanto tempo (52 anos de vida pós
diagnóstico em 2015), o que dirá com a produção intelectual e vivências tão
intensas quanto as deste homem de fato excepcional.
Em 1985 Hawking teve que submeter-se a uma
traqueostomia após ter contraído pneumonia visitando o CERN na Suíça e, desde
então, utiliza um sintetizador de voz para se comunicar. Gradualmente, foi
perdendo o movimento dos seus braços e pernas, assim como do resto da
musculatura voluntária, incluindo a força para manter a cabeça erguida, de modo
que sua mobilidade é praticamente nula. Em 2005 Hawking usava os músculos da
bochecha para controlar o sintetizador e em 2009 já não podia mais controlar a
cadeira de rodas elétrica. Desde então outros grupos de cientistas estudam
formas de evitar que Hawking sofra de síndrome do encarceramento, cogitando
traduzir os pensamentos ou expressões de Hawking em fala. A versão mais
recente, desenvolvida pela Intel e cedida a Hawking em 2013, rastreia o
movimento dos olhos do cientista para gerar palavras.
Extraordinário, esta talvez seja a única palavra
possível de descrever Stephen Hawking e sua vida!!
Para saber mais sobre Stephen Hawking:
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