quinta-feira, 4 de junho de 2015

O EXTRAORDINÁRIO STEPHEN HAWKING

Melhor do que organizar a postagem sobre Lou Gehrig foi receber a mensagem da querida amiga (e ex aluna) Carla Sartori, profissional super competente no campo da Fisioterapia Neurofuncional, dizendo: “Quem teve a doença diagnosticada nessa idade foi Hawking”. Lá fui eu, buscar a informação correta mais uma vez. Só então me dei conta que, embora tenha falado no caso de Lou Gehrig em aula, havia apenas a imagem de Stephen Hawking projetada (vou precisar mudar essa apresentação...).
Stephen Hawking dispensa qualquer apresentação é doutor em Cosmologia e um dos mais consagrados cientistas da atualidade. Seus principais campos de pesquisa são a cosmologia teórica e a gravidade quântica. Hawking escreveu diversos livros que ajudaram a divulgar complexas teorias cosmológicas em linguagem fácil para leigos. Entre eles estão: Uma Breve História do Tempo, O Universo numa Casca de Noz (2001), Uma Nova História do Tempo (2005) e God Created the Integers (2006).
Porque falávamos dele na aula de Fisioterapia Neurofuncional I? Porque Hawking é portador de Esclerose Lateral Amiotrófica (a Doença de Lou Gehrig). A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença degenerativa que paralisa os músculos do corpo sem, no entanto, atingir as funções cerebrais. Nocaso de Hawking, a doença foi detectada quando tinha 21 anos. E esta foi a questão que desencadeou toda essa conversa, o tempo de início da doença. Eu, particularmente, nunca acompanhei nenhum caso em que o diagnóstico tivesse acontecido tão precocemente.
Hoje não há como falar em ELA ou em Tecnologia Assistiva sem falar em Stephen Hawking. Afinal, não é frequente acompanharmos o caso de um paciente com diagnóstico de ELA a tanto tempo (52 anos de vida pós diagnóstico em 2015), o que dirá com a produção intelectual e vivências tão intensas quanto as deste homem de fato excepcional.
Em 1985 Hawking teve que submeter-se a uma traqueostomia após ter contraído pneumonia visitando o CERN na Suíça e, desde então, utiliza um sintetizador de voz para se comunicar. Gradualmente, foi perdendo o movimento dos seus braços e pernas, assim como do resto da musculatura voluntária, incluindo a força para manter a cabeça erguida, de modo que sua mobilidade é praticamente nula. Em 2005 Hawking usava os músculos da bochecha para controlar o sintetizador e em 2009 já não podia mais controlar a cadeira de rodas elétrica. Desde então outros grupos de cientistas estudam formas de evitar que Hawking sofra de síndrome do encarceramento, cogitando traduzir os pensamentos ou expressões de Hawking em fala. A versão mais recente, desenvolvida pela Intel e cedida a Hawking em 2013, rastreia o movimento dos olhos do cientista para gerar palavras.
Extraordinário, esta talvez seja a única palavra possível de descrever Stephen Hawking e sua vida!!
Para saber mais sobre Stephen Hawking:
 

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